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Enviada em: 29/10/2018

Na animação “Wall-E”, produzido pelo estúdio Pixar, é mostrado um futuro, apocalíptico, no qual a dependência humana em relação à tecnologia chegou ao limite em que mesmo andar ou olhar para os lados deixou de ser importante. Entretanto, longe da ficção e no mundo real, a sociedade contemporânea enfrenta grandes desafios sobre esse problema, visto que a falta de autocontrole no uso de aparelhos eletrônicos e o constante distanciamento das pessoas para com a realidade têm transformado cada vez mais gente em verdadeiros zumbis.       Em primeiro plano, as facilidades e mordomias oferecidas pelas maquinas fazem com que a maioria dos usuários não consiga larga-las. Além disso, dados como os do Yahoo, famoso site de pesquisas, demonstram que ao redor do mundo mais de 280 milhões de pessoas são viciados em internet, atestando a gravidade e a dimensão desse problema já que é fonte de distúrbios de saúde e comportamentais. Portanto, fica claro que o enfrentamento deste cenário é uma questão, acima de tudo, de preservação social.       Em segundo plano, a sedução e encantamento de um mundo sem problemas e onde tudo é mais fácil são como iscas que tiram pessoas de si e as levam para a ilusão de outra realidade. Nesse sentido, o filme Matrix, clássico do cinema moderno, mostra o paradigma difícil entre a realidade, dura e sofrida, e o mundo falso dos algoritmos, tão suave quanto deve ser, que mesmo sendo assumidamente falso para alguns ainda atraí a grande maioria da população daquela história. Assim, é certo afirmar que tirar as pessoas da compulsão é salva-las de serem enganadas.       Tomando o exposto em consideração, é mister buscar maneiras de acabar com o quadro cada vez maior de dependentes tecnológicos. A priori, é dever do governo federal, implementar no Sistema Único de Saúde (SUS) planos específicos para viciados digitais, incluindo psicólogos e grupos de apoio, que mostraram para os pacientes os malefícios de seu comportamento, a fim tira-los de vez dessa situação. Ademais, empresas de mídia, por meio de incentivos fiscais, têm o dever de iniciar campanhas virtuais, que alertem os usuários sobre o uso excessivo de internet, com o intuito de diminuir o tempo que ficam on-line. Só assim, o nosso mundo será melhor e a única coisa de que seremos inseparáveis.