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Enviada em: 30/10/2018

Luz à independência     Um dos legados mais significativos consolidado pelo Iluminismo — movimento social revolucionário do século XVIII — foi a idealização de um futuro no qual o bem estar social seria um pilar concretizado face aos avanços técnicos. No entanto, o emblemático contexto atual, no Brasil, marcado pelo vício em tecnologias informacionais, opõe-se às premissas do século das luzes e fere à democracia. Urge, portanto, inquirir a problemática em consonância ao cenário e agentes sociais envolvidos.    Em primeiro plano, é consistente frisar que a intensificação do uso de recursos tecnológicos, como celulares e computadores, detém cunho antagônico: ora pelo Artigo 218 da Constituição Federal de 1988, ao qual incentiva o desenvolvimento de meios informacionais, ora pela inobservância de políticas públicas que visem minimizar os malefícios propostos pelo rol. À vista disso, destacam-se pesquisas feitas pelo Jornal ''O Globo'', as quais expõem a crescente variável no que tange ao isolamento social provindo do uso irrestrito de tais mecanismos. Explicita-se, logo, a necessidade da intervenção de órgãos fiscalizadores no âmbito a fim de cumprir, de forma responsável, o que propõe a Carta Magna.     Outrossim, convém ainda salientar que o caótico contexto de vício, provindo do aumento do uso de ferramentas virtuais, ultrapassa à esfera passiva e constrói um quadro de negligência. Isso se evidencia por dados da Organização Mundial da Saúde, aos quais expõem que a maioria dos cidadãos modernos, em estado de vício, não procuram saber ou ignoram as prováveis consequências que o hábito pode culminar. Em suma, tal irresponsabilidade social atenua — segundo o filósofo René Descartes — um artifício essencial para o aperfeiçoamento da matriz questionadora, intelectual e racional dos seres humanos: o ceticismo.    Em síntese, indubitavelmente, faz-se necessária a adoção de novas condutas que tendam mitigar a participação dos vícios tecnológicos na sociedade e preservar, de forma madura, a Constituição Cidadã. Dessa forma, cabe às ONG's intensificarem às ações sociais, por meio de atividades voluntárias e de cunho sociológico, as quais amparem os indivíduos e os demonstrem que o vício é uma cultura  reversível. Às famílias, por sua vez, como forte poder intimista, compete promover a investigação e impor limites aos parentes que, supostamente, possuem o costume prolongado de usar instrumentos virtuais, a fim de impedir um futuro quadro de vício. Por conseguinte, sob a aplicação de tais medidas, seria visível a atenuação dos impactos causados pela dependência tecnológica, construir-se-ia cidadãos mais transigentes e daria concretizaria uma perspectiva iluminista.