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Enviada em: 29/11/2018

O mundo passou por diversas transformações ao longo do tempo, como o desenvolvimento das Revoluções Industriais, o que ampliou as relações comerciais e comunicativas que regem as sociedades globalizadas. A tecnologia é caracterizada por proporcionar praticidade ao dia a dia. No entanto, o uso excessivo faz com que o homem seja dependente de seus recursos. Além do mais, de acordo com a pesquisa da Flurry, consultoria do Yahoo, há 280 milhões de “viciados” em aplicativos para celular no mundo. Fato preocupante, pois o mesmo gera isolamento social e baixo rendimento escolar.      Em uma análise com 135 estudantes da Universidade Estadual de São Francisco, os autores do mesmo estudo avaliaram que pessoas que usavam seus aparelhos com mais frequência se sentiam mais isoladas. Calcula-se que a cada cinco crianças e adolescentes, um sofre de um transtorno que necessita de tratamento especializado por se tornar antissocial. De acordo com os cientistas, essa sensação é consequência que surge quando as interações cara a cara são substituídas por uma comunicação sem linguagem corporal e outros sinais reais. Além disto, os mesmos participantes mostraram uma sobrecarga nas tarefas que realizam em um curto espaço de tempo. Porém, esse constante número de atividades faz com que o cérebro não descanse e, consequentemente, o foco destinado para cada tarefa seja pela metade. Com isso, outros problemas são evidentes.     Contrariando prognósticos de que a tecnologia apenas ajudaria a multiplicar informações, muitas crianças e adolescentes nunca estiveram tão desconectados do mundo. A utilização excessiva da tecnologia corrobora para a perda do interesse na leitura, a qual só é feita por intermédio das telas dos tablets e smartphones. Porém, a atenção exigida por esse tipo de leitura é muito menor, tornando o Déficit de atenção muito mais propenso. Como resultado, o rendimento escolar será menor, pois a base do estudo provém da leitura, e o quanto focado estão os alunos.     Contudo, para que esses fatos sejam contornados, é necessário a intervenção do governo, criando campanhas de conscientização nas escolas, por meio do MEC, mostrando a realidade das pessoas que ultrapassam o tempo máximo de utilização da tecnologia. Como também, criar grupos de apoio no meio escolar, com profissionais qualificados, ajudando crianças e adolescentes que já se encontram em situação de dependência tecnológica, juntamente com as suas famílias, aconselhando-as sobre o uso correto dos veículos de comunicação, bem como as consequências da sua má utilização. Pois, como já dizia Bill Gates: "Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever - inclusive a sua própria história."