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Enviada em: 30/11/2018

'’É que a televisão me deixou burro, muito burro demais, e agora eu vivo dentro desta jaula junto dos animais’’. O fragmento da música ‘’Televisão’’, da banda os Titãs, relata que a televisão modifica as opiniões e comportamentos da pessoa. Análogo a isso, os aparelhos tecnológicos manipulam e causam danos aos indivíduos. De fato, o mundo tecnológico criou uma sociedade escrava de si mesma.        Nessa perspectiva, o crescimento do vício em tecnologias está diretamente relacionado ao estilo de vida moderno da população, especialmente em relação ao uso demasiado do celular e videogame. Conforme o escritor Massembo Pedro, ‘’ a modernidade é para nos ajudar e não para nos conduzir’’. Nesse sentido, muitas pessoas deixam de lado o lazer e o contato social para ficarem horas diante da tela do computador ou celular, compartilhando sua vida nas redes sociais e jogando incansavelmente. De acordo com a pesquisa da GlobalWEbIndex, o Brasil ocupa a terceira posição do ranking dos países com usuários mais tempo online. Ora, isso demonstra uma geração, isolada socialmente, marcada pelo uso excessivo de tecnologias.        Ademais, as plataformas de jogos contribuem para a compulsão e dependência da máquina por meio de mecanismos que prendem o jogador ao ‘’game’’. Dessa maneira, são criadas missões que requerem horas interruptas para completar o desafio, é o ‘’sucesso’’ à custa da integridade psicológica. Por exemplo, o jogo ‘’Watch Dogs 2’’ exige mais de 300 horas para alcançar o objetivo. Como resultado, o indivíduo pode desencadear depressão, ansiedade, irritabilidade e baixo desempenho escolar. Logo, é necessário que os usuários pesquisem os malefícios de determinados jogos, a fim de melhorar seu bem-estar.        Superar, portanto, essa era de dominação tecnológica requer desafios. Para isso, as escolas devem realizar palestras e reuniões em grupos, entre professores, pais, alunos e psicólogos, para alertar os pais ou responsáveis a controlarem o tempo de uso de videogame, celular e computador dos jovens, com o intuito de atenuar o uso excessivo desses aparelhos. Outrossim, cabe à Secretaria de Comunicação Social(SECOM) promover campanhas publicitárias nos principais veículos de comunicação, televisão e internet, informando os sintomas dessa dependência e o efeitos que podem causar à saúde, com o objetivo de sensibilizar à sociedade a mudar seus hábitos. Dessa forma, muitos indivíduos se tornarão livres da jaula da alienação.