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Enviada em: 25/03/2019

No século XVIII, com a ascensão do movimento iluminista, surgiu uma nova sociedade, cujo lema “liberdade, igualdade e fraternidade” trouxe diversos benefícios à humanidade. Diante dessa perspectiva iluminista, apesar dos avanços extraordinários na economia e na ciência, o crescimento das nações foi acompanhado com o surgimento de problemas inimagináveis – como os vícios em tecnologias. No contexto atual, a dependência das máquinas é uma temática repleta de pós e contras, o que exige uma reflexão urgente a respeito de seus efeitos no século XXI.       Deve-se pontuar, de início, que a humanidade é, desde a Primeira Revolução Industrial, dependente das máquinas, haja vista o crescimento populacional acelerado que exigiu métodos produtivos eficientes. No entanto, segundo George Bernard Shaw, escritor inglês, os benefícios tecnológicos sempre são acompanhados de diversos malefícios não intencionais. Nesse viés, é indiscutível que vivenciamos o paradoxo das consequências, pois, se por um lado a tecnologia é vista como a engrenagem que move o mundo, por outro lado é a responsável pelo enfraquecimento das relações sociais, que individualizou, ainda mais, os homens e os tornou reféns de suas próprias invenções.       Além disso, a ausência de limites à exposição precoce aos produtos tecnológicos apresenta-se como outro aspecto relevante para a análise. De acordo com Michel Foucault, o papel das instituições sociais, como a família, é administrar a disposição certa das coisas. No entanto, seguindo a linha de pensamento do sociólogo, a realidade brasileira é outra, haja vista que a nova geração, antes mesmo de falar e andar, já domina os tablets e celulares, o que causa uma dependência precoce dos equipamentos e impulsiona os vícios em tecnologias.       Diante dos fatos supracitados, faz-se necessário que sejam tomadas ações para atenuar a problemática. Nesse sentido, urge que o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, promova, por meio de palestras gratuitas em escolas e praças públicas, discussões a respeito da importância da tecnologia para o desenvolvimento nas nações, evidenciando também, os problemas relacionados à banalização de seu uso excessivo, para evitar que os vícios em máquinas se tornem problemas ainda maiores. Dessa forma, superará os desafios à consolidação de uma sociedade atenta aos problemas da modernidade, para que a problemática prevista por George Shaw deixe der ser um fato.