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Enviada em: 12/03/2019

"O  Realismo é uma reação contra o Romantismo: o Romantismo era a apoteose do sentimento; o Realismo é a anatomia do caráter [...]". Escritores da escola literária Realismo, como o dono dessa frase, Eça de Queirós, buscavam retratar a vida como realmente ela é, sem idealizações e fantasias - características essas típicas do Romantismo. Dentro dessa imensidão de realidades escritas, encontra-se escritores brasileiros retratando da problemática do vício em tecnologias desde o final do século XlX, o que evidencia que tal fato resistiu no tempo até os dias de hoje, seja pela pressão familiar, seja pelo relacionamento em sociedade.               É convincente destacar, primeiramente, que a mal educação dos filhos está entre as causas do problema. Conforme Freud, "a influência dos pais governa a criança [...]". De modo semelhante, nota-se que, no Brasil, a perspectiva do autor pode ser comprovada, uma vez que o vício em tecnologias, majoritariamente o da internet, já está enraizado dentro das famílias brasileiras que, consequentemente, seus filhos tendem a adotar o mesmo comportamento. No futuro, certamente, esses irão passar essa mesma educação recebida pelos pais para as suas crianças, manifestando assim a continuidade do problema. Portanto, é imprescindível combater essa conjuntura, antes de tudo, para perceber a redução desse impasse.             Cabe apontar, também, em segunda análise, que a pressão social exorta para a potencialização da dependência tecnológica. De acordo com Nietzsche, a vontade de potência é um fenômeno em que os comportamentos são pautados, não por regras conscientes, mas por uma força social. Nessa linha de pensamento, observa-se que ele norteia acerca da tenacidade da compulsão tecnológica hodiernamente, haja vista que, mais precisamente os jovens, tendem a seguir as condutas do público da sua idade como, a sujeição à smartfhones e jogos on-line, fazendo com que se sintam pertencentes ao evento social. Desse modo, medidas são necessárias para resolver esse outro caos.             Infere-se, destarte, que a assiduidade da obsessão por tecnologia na contemporaneidade é produto de uma pressão familiar e da vivência em sociedade. Logo, é necessário que o Ministério da Educação conceda palestras aos alunos e aos pais dentro do ambiente escolar, ressaltando a importância da substituição da vida virtual pela real. Ainda, o Ministério da Cultura em conjunto com as prefeituras municipais, podem criar meios de lazer em todos os bairros como, quadra de esportes, academias públicas, piscinas para natação, com o foco de retirar os jovens da internet. Assim sendo, construir-se-á um Brasil que pratica a anatomia do caráter.