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Enviada em: 23/04/2019

A partir da revolução tecnológica, impulsionada pela globalização e pelo avanço da ciência, diversas ferramentas digitais foram criadas para auxiliar nos variados setores da vida moderna. Entretanto, além de benefícios, esses recursos tem impactado de maneira negativa à vida dos indivíduos, uma vez que a dependência por aparelhos digitais é uma realidade no país. Nesse sentido, é preciso compreender os efeitos do uso demasiado da tecnologia no cotidiano.                   Em primeiro plano, observa-se que o quadro de saúde das pessoas viciadas em tecnologia apresenta-se como o maior indício da problemática. Segundo um estudo divulgado no Portal IBC (Instituto Brasileiro de Coaching), é possível relacionar a utilização frequente das redes sociais com o aumento dos distúrbios de saúde mental. A esse respeito, observa-se que a socialização oriunda de recursos tecnológicos costuma trazer realização pessoal aos indivíduos, a qual, quando não é alcançada, traz problemas como ansiedade e depressão. Ademais, crises de abstinência, déficit de atenção e distúrbios de sono são comuns na tentativa de se manter distante da internet. Logo, é necessário que o núcleo familiar esteja atento aos sinais de alerta e que busque a orientação de profissionais.              Ademais, outro ponto de relevância diz respeito aos perigos da exposição excessiva na internet. Para o escritor Buckminster Fuller, a humanidade adquire a tecnologia certa por razões erradas, visto que, devido ao vício da conexão constante, muitos indivíduos a utilizam para o compartilhamento desenfreado de informações pessoais. Por sua vez, roubos, golpes e sequestros são alguns dos inúmeros crimes que ocorrem diariamente no país, os quais se facilitam com o acesso aos dados pessoais dos indivíduos, como nome completo, local de trabalho e endereço residencial. Sendo assim, é preciso que a sociedade tenha conhecimento de como usar a internet de maneira responsável e segura.                Diante dos fatos mencionados, entende-se a necessidade de propor ações capazes de atenuar a problemática do vício em tecnologia. Nesse contexto, cabe ao Ministério da Educação a oferta de palestras socioeducativas em instituições de ensino de todo o país, nas quais inclua-se a presença de professores, pesquisadores, psicólogos e psiquiatras para administrarem o debate acerca dos malefícios da utilização de tecnologia em excesso, apontando os principais riscos à qualidade de vida dos indivíduos, a importância da privacidade digital e as maneiras de administrar o tempo de uso. Dessa forma, estando atenta aos riscos, a sociedade poderá confrontar o pensamento de Buckminster Fuller e utilizar a tecnologia por razões corretas.