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Enviada em: 29/05/2017

Um monstro chamado vício  No primeiro filme 'Exterminador do Futuro', o sistema de inteligência artificial 'Skynet' ameaça provocar um holocausto nuclear. No segundo, robôs, também possuidores de inteligência artificial, ameaçam dominar o mundo. Esses são apenas dois dos muitos filmes que exploram o medo de um dia sermos vítimas e não mais controladores da tecnologia. Entretanto, é notável que somos e continuaremos sendo dependentes das máquinas, mas essa dependência não será através do vício, e sim, da necessidade de as possuirmos e com elas evoluir. Embora se diga repetidamente que as pessoas estão se tornando viciadas nos aparelhos eletrônicos, que sem eles não conseguem viver e que já existem clínicas de reabilitação para "dependente tecnológicos", afirmar que a humanidade será intrinsecamente viciada nas máquinas é tão utópico quanto acreditar que elas poderão inverter a lógica e dominar o mundo dos humanos. Nesse sentido, mais importante é focar nos benefícios das novas tecnologias do que em seus malefícios. Dessa forma, é necessário lembrar que foi através de novas máquinas que pudemos evoluir a longo da história. Aviões, microondas, colheitadeiras e computadores exemplificam o quanto elas são importantes sem, necessariamente, causar um vício destruidor. Assim sendo, a dependência das máquinas não implica em uma alteração da vida normal ou mesmo no consumo exacerbado das novas tecnologias. Apenas demonstra que a humanidade precisa delas para se desenvolver. Torna-se evidente, portanto, que fomos e sempre seremos dependentes das máquinas porém, de forma benéfica. Assim, é importante que os indivíduos tenham essa consciência. Para isso, a mídia deve produzir ficções engajadas que não mais estimulem o temor, mas mostrem quão bem as máquinas têm servido a humanidade e, as escolas podem demonstrar o mesmo, com palestras e atividades lúdico-educativas, para que a dependência das máquinas não seja mais vista como um monstro chamado vício.