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Enviada em: 18/05/2017

No início do século XX, movimentos artísticos e literários como o Futurismo valorizavam o desenvolvimento tecnológico e industrial, apresentando temas que enalteciam a vida moderna: o automóvel, as máquinas e a eletricidade. Todavia, no século vigente, é possível observar uma valorização desmoderada da modernidade, que, em contrapartida com o pensamento futurista, é uma das principais causadoras de distúrbios psicológicos e prejuízos ao indivíduo em sua vida pessoal e profissional, além de causar também danos às instituições do mercado de trabalho.     Desse modo, é notória a ampliação do acesso a dispositivos móveis e à internet, fator que induz a sociedade a uma vida cada vez mais virtual. Essa problemática possui como consequência a dependência desses aparelhos para a realização de tarefas básicas do cotidiano, como efetuar serviços bancários, estudar ou até mesmo fazer compras. Em casos mais agudos, a privação dessas ferramentas tecnológicas causa ao usuário sintomas de estresse, de inquietação e de irritabilidade, e pode ser equiparada às crises de abstinência do álcool e de alucinógenos. Ademais, o tempo excessivo diante do computador pode gerar problemas físicos como a obesidade, a subnutrição, lesões na coluna e prejuízos à visão, comprometendo negativamente a qualidade de vida de um indivíduo.     Sob outro contexto, no ambiente corporativo, a complexidade operacional e as crescentes demandas de mão de obra causam às empresas e indústrias um movimento migratório necessário para a gestão administrativa e financeira da instituição. O uso da tecnologia por meio de softwares, de armazenamento de arquivos e de vendas pela internet alterou de maneira significativa esse ambiente de trabalho. Entretanto, os riscos de prejuízos ainda são grandes, haja vista que a empresa é inteiramente prejudicada em caso de alguma falha na rede, fator que leva algumas delas até mesmo ao fechamento. Por conseguinte, é evidente que a dependência tecnológica encontra-se em todas as camadas da sociedade e afeta de forma individual a cada setor econômico.     Portanto, conclui-se que a "Era dos smartphones" revolucionou o modo de vida de grande parte de seus usuários, mas trouxe consigo adversidades que prejudicam o convívio social e o mercado financeiro. Como medida corretiva, o Governo Federal deve oferecer no Sistema Único de Saúde tratamentos gratuitos, por meio da disponibilização de centros de atendimentos especializados. As instituições de ensino devem induzir o aluno ao hábito da leitura e de atividades extracurriculares, por meio da implantação do ensino em tempo integral. De outro modo, diante da inevitável adaptação ao mundo globalizado, as empresas devem investir grande capital em departamentos de segurança online e backup de dados, a fim construir uma companhia sólida e menos dependente da tecnologia.