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Enviada em: 05/06/2017

"Eles querem te vender, eles querem te comprar, querem te matar de rir, eles querem te sedar", diante desse trecho da música Terceira do Plural, da banda Engenheiros do Havai, percebe-se uma dominação da máquina na sociedade atual. Essa soberania, baseado no uso programado da tecnologia, estabelece a dependência da qual o homem contemporâneo é vítima.       Indiscutivelmente, o homem está alienado pelas máquinas atuais. Não por acaso, pois com um celular, por exemplo, já somos capazes de fazer compras, pagar as faturas mensais e interagir com o ambiente social sem precisar sair de casa. Tudo isso, com aplicativos, os quais são instalados e desinstalados a qualquer momento. Isso faz a sociedade criar um vínculo de dependência com o aparelho, dosado a cada geração de um modelo. Caso do Galaxy S8, da Samsung, que pode ser utilizado em baixo da água. Com essa função, a indústria faz pensar no celular como parte indivisível do homem.       Diante disso, faz-se necessário analisar a dominação da tecnologia no cotidiano. Segundo Horkheimer, esse tipo de relação se estabelece pela falta de pensamento crítico. Oque de fato acontece na atualidade, já que a maior parte da população aceita a presença das máquinas sem questionar suas vantagens. A indústria sabe perfeitamente disso, assim, estuda o público para fornecê-lo um aparelho que possa interagir com o dono em momentos de tristeza ou registrar com alta qualidade os momentos de alegria.       Portanto, o corpo social estabeleceu dependência com a máquina porque ela é projetada para atender as mais diversas situações rotineiras. Para formar pessoas mais livres, é importante que as escolas promovam debates sobre o uso consciente dos celulares e influenciem a prática de jogos que tenham contato direto com os colegas, como a tradicional amarelinha. Aos pais, assiste o dever de reunir a família em alguns dias do mês, restringindo, neles, a utilização de aparelhos eletronicos e, sobretudo, ensinando os filhos a interagirem com o mundo real de forma crítica e responsável, a fim de tentar frear a dependência da tecnologia em situações banais.