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Enviada em: 14/08/2017

Patologia Virtual     O conceito de “aldeia global” criado pelo filósofo Marshall McLuhan, fala sobre um mundo interligado com estreitas relações, fruto da evolução das tecnologias. Porém, o que para o filósofo representava uma maior consciência global interplanetária, hoje se mostra como uma dependência tecnológica negativa. Isso ocorre devido à maior superficialidade das relações e à inércia da sociedade em combater isso.    É inegável que o uso excessivo dos aparatos tecnológicos pode trazer muitas consequências negativas. Segundo Bauman, vive-se um tempo chamado de “Modernidade Líquida”, marcado pela superficialidade das relações sociais. Analogamente, percebe-se a aplicação desse conceito no mundo atual, o qual o uso das tecnologias de modo intenso afasta as pessoas e cria relações superficiais no âmbito não virtual. Desse modo, nota-se como é necessário um saudável equilíbrio no uso das máquinas como forma de combate à problemática.    Outrossim, o desinteresse no presente concreto, nas relações do mundo real e a inércia em combater a dependência tecnológica representam acirradores do problema. Para Durkheim, o fato social é a maneira coletiva de uma sociedade agir e pensar. Nesse contexto, observa-se como ser dependente do virtual pode causar diversos prejuízos à vida social como a ansiedade, a depressão devido ao isolamento e o déficit de atenção, sendo passados de geração para geração e constituindo assim um fato social, o qual gera todos esses problemas devido ao indivíduo não saber administrar seu tempo online, tampouco o uso para benefício próprio. Assim, percebe-se como a utilidade das máquinas pode ser supérflua e agrava o problema do vício em tecnologias.    Entende-se, portanto, que a tendência que tem se mostrado para o século XXI, é a de extrema dependência tecnológica e consequências negativas do seu uso. Para que o problema seja atenuado, é preciso que o Governo Federal em parceria com o Ministério da Saúde trate a situação com seriedade, promovendo consultas e terapias cognitivas para a população por meio do SUS, além de aplicar campanhas de abrangência nacional falando sobre os distúrbios que podem ser causados pelo vício e ajudando a identificar quando isso se torna algo patológico, incentivando a busca por ajuda profissional. Dessa forma, será possível minimizar esse intenso fato social.