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Enviada em: 15/09/2017

Obcecado, dependente e transtornado, essas são algumas expressões que definem a atual situação de diversos brasileiros, que em virtude do uso descomedido de internet, jogos virtuais e redes sociais, desenvolveram quadros de dependência tecnológica. Frente a isso, muito se tem discutido sobre as possíveis complicações do uso exagerado dessas tecnologias. Há aqueles que consideram essa situação inócua para a saúde, e outros que acreditam que o uso intenso de produtos tecnológicos pode causar consequências negativas para o indivíduo. Em uma análise aprofundada da situação, observa-se que o uso excessivo de internet pode causar vício e, por conseguinte, exige reflexão.   Adiante, há quem acredite que o uso desmoderado de produtos tecnológicos como, por exemplo, celulares e notebooks, não causa impacto ao ser humano, pois acreditam que essa prática é apenas uma necessidade imposta ao homem moderno pela globalização, para que ele possa se integrar ao novo contexto mundial, não sendo capaz de gerar dependência. Entretanto, há de se considerar que muitas vezes a utilização desses produtos, foge do útil e torna-se um vício, caracterizado pela incapacidade do indivíduo de controlar o uso desses objetos, apresentando um padrão comportamental semelhante ao de um dependente químico, e exibindo inclusive síndromes de abstinência caracterizadas por: depressão, ansiedade, problemas sociais e agressividade.    Ademais, vale destacar que o fenômeno de dependência tecnológica, além de causar alterações comportamentais, gera também modificações neurológicas, semelhantes as alterações causadas por drogas de adição, sendo intensificadas pela utilização de redes sociais e jogos virtuais. Uma vez que, tais práticas são baseadas em sistemas de recompensa, seja através dos "likes" ,comuns em redes sociais, ou através do ato de avançar de nível, presente nos jogos. Tais gratificações ativam o centro de recompensa do cérebro liberando endorfina causando no individuo extrema dependência, assim como, ocorre em usuários de drogas.  Torna-se evidente, portanto, que o abuso tecnológico é prejudicial à saúde, e deve ser combatido. Cabe às ONGs, voltadas para a área da saúde, realizarem palestras e apresentações abertas ao público, para demonstrarem os perigos decorrentes da utilização excessiva de tecnologia, visando reduzir tais transtornos na sociedade. Concebe ao Ministério da Educação implementar nas escolas programas de debate com especialistas para alertar aos jovens sobre os perigos decorrentes do abuso de jogos e redes sociais. Além disso, compete à Mídia, através de campanhas e peças publicitárias, estimular a população em geral a utilizar de forma moderada esses aparelhos, fitando socializar bons hábitos para a sociedade.