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Enviada em: 25/09/2017

A Revolução Industrial, ocorrida no século XVIII, trouxe consigo uma forte dependência das máquinas, período no qual o a maquinofatura substituiu a maior parte do trabalho manual e artesanal. No século XXI, entretanto, faz-se presente a Revolução Informacional, a qual prepondera as relações virtuais às reais. Nesse cenário, é indubitável debater acerca das novas tecnologias e de seu uso excessivo.   A princípio, vale pontuar as inovações tecnológicas contribuem para o desenvolvimento pessoal e coletivo da sociedade. Comprova-se que a internet é essencial para o progresso da população através dos seus benefícios, que auxiliam tanto para a democracia do país – reivindicação em redes sociais, estruturação de manifestações populares - quanto para o processo informacional proporcionado pela mesma – enciclopédias, grandes obras digitalizadas, aulas onlines -. Dessa maneira, nota-se que ambiente virtual permitiu uma vasta área de informações, ideias, debates e conteúdos úteis para o aprendizado e aprimoramento cultural, e seu uso controlado é essencial para manter a proporcionalidade entre uso benéfico e vício tecnológico.   Ademais, convém ressaltar que parte da população globalizada tem apresentado problemas emocionais e sociais devido ao uso exacerbado das novas mídias eletrônicas. Uma prova de que a falta de controle sobre as horas destinadas à internet tem acarretado em prejuízos à saúde é a doença nomofobia, caracterizada pela Associação de Psicologia do Reino Unido como incapacidade de manter relações física e coletivas longe do ambiente virtual. Desse modo, nota-se uma ferramenta capaz de promover a comunicação tem surtido efeito contrário. Para Albert Einstein, a tecnologia excedeu a humanidade, contextualizando ao processo de virtualização vivenciado nas últimas décadas, é incontestável que há relação direta entre a queda da sociabilidade e a maior disponibilidade de ferramentas virtuais.    Logo, é inquestionável que haja que equilíbrio entre o uso de ferramentas tecnológicas e o tempo destinado a seu uso. Para isso, é essencial que o Poder Público Federal atue, estabelecendo parceria com o Ministério da Educação e a rede estadual de ensino para a criação e distribuição de cartilhas educativas, confeccionadas com a verba arrecadada pela Receita Federal - imposto de renda -, que estimulem o uso consciente e controlado da internet. Além disso, é preciso que os municípios, em associação à ONGs e redes privadas, garantam o atendimento psicológico, através de hospitais municipais, para aqueles que buscarem tratamento para a nomofobia. Ainda, a mídia pode usar de seu papel de difusora de conhecimento para exibir propagandas alarmantes do uso exagerado de redes virtuais, atuando como preventora do vício.