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Enviada em: 30/10/2017

Avanço. Controle. Submissão. Nikola Tesla, exímio físico do século XX, uma vez cogitou prover energia gratuita a todo o mundo, sempre mantendo o ideal de melhorar a qualidade de vida e a emancipação das pessoas. Embora a assimilação direta entre inovações tecnológicas e avanço social, o uso excessivo dos smartphones revela-se de extremo perigo, sendo o atual sistema político-econômico o principal provedor de tal condição. É de extrema importância, pois, a adoção de um conjunto de medidas para reverter tal arquétipo social.           Primeiramente, o neoliberalismo pós Guerra Fria, vigente na política atual, constitui um importante fator para tal problema. Com o ideal de lucro, os smartphones estão no mercado como uma simples mercadoria cuja função é prover o retorno financeiro. Para tal fim, as empresas usufruem da indústria cultural, isto é, um transmissor de ideologias direcionadas à população de acordo com os interesses da classe dominante. Cria-se, desse modo, uma condição de nomofobia no indivíduo, ou seja, sua escravização e submissão diante de um aparato tecnológico. Tal uso abusivo, por sua vez, é prejudicial no campo social, enfraquecendo o hábito de leitura, as relações interpessoais e até causando acidentes no trânsito.        Outra característica preocupante do atual sistema político-econômico estabelece-se, mormente, sobre a contrariedade da globalização. Os smartphones apareceram com a causa e o discurso da globalização, no sentido de ampliar e aprofundar o contato entre as pessoas. Entretanto, o que é visualizado na prática é o total oposto. Familiares deixam de conversar, amigos deixam de se encontrar, e isso com o discurso da maior conexão. Contudo, a real escassez torna-se um vício cujo remédio oferecido é o próprio causador do processo: o maior uso do celular. Percebe-se, assim, o aspecto contraditório do discurso político neoliberal de um mundo globalizado, sendo esse, na verdade, um motivador da dispersão graças aos smartphones.          O atual sistema político-econômico revela-se, destarte, um perigoso provedor da condição de uso exagerado do celular. Para reverter tal quadro, a sociedade civil, junto a ONGs, poderia manifestar-se de modo a quebrar com o ideal neoliberal de lucro vigente, regedor do sistema. A população organizaria, por meio de fóruns on-lines, passeatas aclamando a mudança do sentido financeiro por trás dos smartphones para um sentido civilizante, com o uso consciente e moderado. ONGs, com palestras em praças públicas, reforçariam tal corrente, contando com filósofos e pensadores contemporâneos. Dessa forma, o sonho de Tesla seria realizado e a sociedade aumentaria, de fato, sua qualidade de vida e emancipação.