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Enviada em: 04/11/2017

Na sociedade atual, a quantidade de drogas ilícitas que são comercializadas conduzem várias pessoas a centros de reabilitação por elas terem um vício químico. Similarmente, a nomofobia (medo da abstinência de tecnologias) gera uma dependência em que o fator viciante é o uso compulsivo, principalmente, dos "smartphones". Nesse ínterim, deve-se ressaltar que a contemporaneidade capitalista instiga, cada vez mais, o uso de aparelhos eletrônicos pelas diversas pessoas, pois a maioria das relações de serviços desse sistema se atrelam ao desenvolvimento tecnológico, além dela corroborar o individualismo das relações pessoais.    Exordialmente, o universo laboral e estudantil é, na atualidade, dependente dos meios de comunicação, o que torna necessário que seus trabalhadores e estudantes estejam aptos ao uso desses. A exemplo disso, o sociólogo Émile Durkheim afirma que um fato social acerca do indivíduo é dotado de coercitividade externa, e, nesse sentido, a incapacidade de conhecer as tecnologias atuais faz, mediante a coerção capitalista, com que pessoas sejam demitidas de seus empregos ou mesmo não consigam estudar corretamente. Destarte, o capitalismo imprime que as sociedades sejam dependentes das máquinas.    Em segundo plano, a facilidade de se comunicar devido às tecnologias promove um maior individualismo nas pessoas. Nesse viés, as redes sociais viabilizaram a criação de um perfil nelas, em que o usuário faz uma definição de si mesmo, pois ele compartilha e cria informações de acordo com sua personalidade, além de haver o vínculo de amizades virtuais - possibilitando que a pessoa se individualize e tenha uma "segunda vida" na internet. No entanto, o pensador Zygmunt Bauman alega que essas relações cibernéticas são líquidas, sem um valor firme, que tendem a se dissolverem e, desse modo, realiza uma denúncia ao vazio que as pessoas tanto se tornam dependentes.    Infere-se, portanto, a dependência generalizada das tecnologias, seja no âmbito profissional e educacional, seja na sua própria socialização. Em virtude do requerimento, as Secretarias Municipais de Cultura poderiam promover aulas gratuitas de computação do mercado de trabalho e da educação em suas conjunturas, criando salas de informática para auxiliar às minorias nos principais programas que as empresas pedem nos currículos, bem como garantir aos estudantes o auxílio à pesquisa e ao "download" de livros digitais. Outrossim, o Ministério da Educação poderia realizar propagandas midiáticas que incentivem a população a usar as redes sociais para marcarem encontros fora do virtual, visando reprimir a liquidez das relações via "rede". Dessa maneira, as pessoas reduziriam os impactos que as máquinas causam em suas vidas, retirando um pouco os encargos da dependência.