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Enviada em: 21/03/2018

A Revolução Técnico-científica é marcada por uma série de descobertas e avanços tecnológicos. Esse acontecimento permite a emergência de diversos aparelhos eletroeletrônicos, com destaque para os celulares e computadores. Tais equipamentos possibilitam uma maior interação entre os seres humanos, além de tornar mais práticas algumas ações cotidianas. Pode-se perceber também que boa parte da população se inclui digitalmente por meio desses aparelhos. No entanto, o uso da tecnologia de forma indiscriminada pode gerar um vício acarretando riscos à saúde física e psíquica do indivíduo o que precisa ser combatido.       Em sua abordagem sobre o behaviorismo radical, o psicólogo Skinner articula a ideia de que uma ação tem maior probabilidade de se repetir caso tenha consequências positivas. Nota-se que o reforço positivo incentiva determinados padrões comportamentais, o que encoraja a sua repetição pelo usuário. No que tange ao espaço cibernético, aplicativos e jogos, ao estimularem o indivíduo a produzir hormônios que despertem uma sensação de bem-estar, tendem a promover uma dependência tecnológica se utilizados por longos períodos. E isso prejudica o sujeito, visto que haverá desregulação de seus hormônios, o que provoca alterações mentais favorecendo a ocorrência de distúrbios como a depressão, a hiperatividade e a ansiedade social.       Além dos problemas psíquicos, a preferência pelo entretenimento tecnológico em detrimento do físico favorece um estilo de vida sedentário. Segundo uma pesquisa do Ministério do Esporte esse padrão está presente em mais de 45% dos brasileiros. A falta ou ausência de atividades físicas contribui para aprofundar o estado de alienação do indivíduo frente ao próprio corpo. Por conseguinte, vê-se que a tecnologia usada de maneira inconsciente predispõem ao sedentarismo, e esse deve ser encarado como um caso de saúde pública, já que essa rotina inativa favorece a aparição da obesidade, de atrofias musculares, de danos nas articulações e até de problemas cardiovasculares como AVC.       Fica clara, portanto, a necessidade de adotar medidas para conciliar o uso da tecnologia com a  preservação da integridade humana. É preciso que as escolas, em parceria com os profissionais de educação física, elaborem projetos e dinâmicas que busquem aproximar o jovem do exercício motor. Isso poderia ser feito por meio da ocupação de espaços públicos, como parques, praças e quadras, a fim de que se crie em toda a comunidade a cultura por uma vida ativa, sem depender tanto dos aparelhos eletrônicos. Também é importante que, no ambiente familiar, os pais monitorem o uso desses aparatos, a fim de que seus filhos os utilizem com moderação. Agindo assim, será possível construir uma sociedade saudável e que viva em harmonia com as inovações modernas.