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Enviada em: 16/06/2018

Na última década, a população mundial tornou-se predominantemente urbana. Produto desse fato, as cidades contemporâneas abrigam um intenso fluxo de pessoas e serviços e, concomitantemente, problemas associados a tais fatores. Perante a grande e crescente população mundial, tais centro urbanos não conseguem atender, ampla e satisfatoriamente, todos os cidadãos, os quais veem seus direitos inalienáveis desrespeitados.    Em primeira instância, ressalta-se que a urbanização, no âmbito nacional, ocorreu de modo rápido e desorganizado. Por conseguinte, são recorrentes, marcadamente nas metrópoles, problemas relativos à infraestrutura e ao saneamento básico, os quais atingem, em destaque, camadas mais pobres da população. Além dos empecilhos estruturais, há a crescente população, proveniente de movimentos migratórios e da natalidade, a qual acaba acarretando uma macrocefalia urbana, que ocasiona dificuldades de vivência.          Nesse contexto, é de se salientar que, em associação à urbanização, sucede-se a instalação empresarial. A partir desta, empresas são atraídas para certas cidades, favorecendo a especulação imobiliária e a valorização de serviços no entorno. Assim sendo, a população de menor poder aquisitivo acaba não tendo acesso aos centros que concentram capitais e melhores serviços básicos, como a saúde. Ademais, evidencia-se, conjuntamente, o processo de segregação socioespacial feito justamente com tal intuito, através, por exemplo, de condomínios fechados ou de cinemas e teatros com preços elevados.    Portanto, percebe-se que as cidades exibem grandiosidade, mas expõem, em associação, problemas para fornecer sistemas de qualidade a todos. Assim, é essencial que o Poder Público transfira investimentos para adequar a infraestrutura urbana, ao mesmo tempo que forneça transportes com custos mais baixos à população mais pobre.