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Enviada em: 25/06/2018

Na de década de 1940 ocorreu um regime de segregação racial denominado apartheid na África do sul. Essa política exclusiva privilegiava uma minoria branca que detinha todo poder político, econômico e restringia os direitos da maioria negra. Análogo a isso, nas grandes cidades do Brasil, os espaços habitacionais estão fragmentados onde a população rica vive com melhores infraestruturas enquanto a população pobre tende a residir em áreas menos acessíveis aos bens e serviços. Ora, a segregação pulsa nos grandes centros urbanos.        Nesse cenário de supressão, o intenso processo de urbanização sem planejamento ocasionou diversos entraves à sociedade. Os grandes centros urbanos cresceram de maneira desordenada, tornando-se sobrecarregados, entretanto com os investimentos do poder público alguns espaços ficaram mais valorizados, o que encareceu os preços dos terrenos e propiciou o afastamento da população pobre para áreas desprovidas da assistência do poder público como favelas e cortiços. De acordo, com a ONU o déficit habitacional no país representou aproximadamente 6 milhões de residências. Desse modo, demonstra a face perversa do modelo do desenvolvimento no Brasil marcada pela exclusão social.        Ademais, outra forma de segregação espacial são os condomínios fechados. O medo da violência incentivou a população de classe média e alta migrarem em direção aos enclaves fortificados, abandonado a tradicional esfera pública para os ‘’marginalizados’, localizados juntos a natureza, isolados por muros, monitorados por guardas armados e com um sistema de segurança eficaz. Por exemplo, o condomínio Alphaville em São Paulo o qual promove um estilo de vida único, com áreas verdes e shoppings centers. Logo, o Estado deve aplicar políticas públicas sociais como a construção de escolas e centros de lazer de qualidade nas áreas periféricas, com o objetivo de diminuir essas discrepâncias.              Combater, portanto, essa desigualdade é essencial para garantir uma justiça social à sociedade brasileira. Nesse sentido, cabe as Prefeituras criarem uma reforma urbana eficiente através de um plano diretor, por meio da construção de moradias dignas ao menos favorecidos socialmente afim de democratizar as ações públicas de investimentos em infraestrutura. Outrossim, as comunidades civis devem se organizar e reivindicar seus direitos nas ruas previstos na Constituição Federal de uma moradia digna, com o intuito de pressionar o Poder Público para ampliar os projetos habitacionais. Pois, consoante a escritora Nara Marcelino, ‘’a inclusão é o processo de trazer para o nosso mundo pessoas que foram retiradas dele’’.