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Enviada em: 16/07/2018

O processo de urbanização brasileira se intensificou devido a crescente industrialização do país na década de 1940. A partir dessa data o contingente populacional das cidades tem aumentado cada vez mais. Porém, a configuração espacial é desigual e excludente, pois se trata de uma construção baseada na composição das classes sociais.         É notório que a cidade é dividida hierarquicamente por zonas ricas e pobres, na qual esta, ocupada pelos burgueses, é mais privilegiada que aquela, povoada pelos proletários. Desse modo, os lugares em que moram pessoas abastadas possuem uma boa infraestrutura, por receberem mais assistência do poder público. Isso é totalmente diferente do que ocorre nos locais habitados pela população de baixa renda, porque sofrem com a falta de serviços básicos, como saneamento, pavimentação e transporte.       Ademais, outro fator que evidencia a exclusão espacial em decorrência do poder econômico é o processo de "gentrificação". A crescente valorização de uma área devido a implantação de novas construções, serviços, entre outros fatores que melhoram a qualidade de vida, faz com que o custo para morar nessa localização aumente, por exemplo, alta cobrança de aluguel. Contudo, a população inicial não consegue suprir os novos valores e é obrigada a mudar para outra localidade e em sua maioria se instala nas zonas periféricas em condições precárias.       Logo, o Ministério das Cidades deve criar planos e projetos para melhorar o atendimento aos bairros. Esses documentos terão que prever o mapeamento dos locais com suas respectivas necessidades, prazo para execução da obra baseado na urgência requerida e multa em caso de descumprimento. Essa ação tem como intuito oferecer os mesmos serviços, tanto para as zonas ricas quanto para as pobres. Além disso, é necessário que o Governo Federal crie uma lei que estabeleça uma tabela com preços determinados para cobrança de aluguel de acordo com as características gerais do imóvel. Isso será aplicado a fim de diminuir os efeitos do alto custo de vida gerado pela gentrificação. Dessa maneira, a cidade se transformará em um local onde a exclusão espacial é mínima.