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Enviada em: 17/07/2018

No Brasil, a dinâmica da vida urbana do século XXI, foi moldada nos preceitos preconceituosos do fim da escravidão, XIX, e pela segregação espacial entre burgueses e o proletariado, no qual os espaços com menos infraestrutura foram dedicados a este grupo, enquanto as melhores zonas à aqueles. Por isso, ao observar a distribuição social, racial e econômica nas cidades de forma desigual, percebe-se que esta não foi feita para todos, pois os recursos ofertados não são os mesmos para a população menos favorecida.       Além disso, esse processo de construção do espaço urbano sofre influências negativas, por causa da intervenção segregacionista do mercado imobiliário. Por exemplo, é o caso do crescimento do fenômeno da gentrificação, tática de mercado, a qual leva-se infraestrutura como hospitais, escolas, saneamento básico, asfalto, entre outros benefícios para um bairro mais afastado do centro. Devido a isso, ocorre na região um aumento do valor dos lotes e custo de vida, tendo assim a população de baixa renda que vivia nesse local deslocar-se para outros lugares, fato que evidencia que a cidade não é para todos.       Como resultado, do processo mostrado anteriormente, percebe-se que as cidades possuem desigualdades gritantes, quanto ao fornecimento dos recursos básicos, como saneamento e educação, nos bairros que aglomeram uma população menos favorecida socialmente. Só para ilustrar, o mesmo caso ocorre no filme "Cidade de Deus", no qual os personagens vivem em um aglomerado no Rio de Janeiro, onde não possuem acesso a água e esgoto tratados, suas ruas nem nomes possuem no mapa da cidade.       Logo, o Governo Federal, por meio do Ministério das Cidades deve adotar uma medida que diminua a desigualdade do espaço urbano. Seria ela, o envio de verbas, especificamente, para as zonas periféricas para benfeitorias como saneamento básico, construção de escolas, hospitais e áreas de lazer, praças. Essa ação afetaria as pessoas de baixa renda que vivem nesses espaços sem infraestruturas, por consequência, elas poderiam ter acesso a direitos humanos básicos e também a cidade tornaria-se um bem de todos e não de uma pequena parcela da população.