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Enviada em: 25/03/2019

Com o processo de industrialização no Brasil, houve a intensificação do êxodo rural aos centros urbanos, que ofertavam boa infraestrutura, gerando a valorização imbobiliária. Dessa forma, em busca de maiores oportunidades de emprego e o baixo poder aquisitivo, a população mais pobre foi forçada a viver nas periferias. Sendo assim, os problemas das grandes cidades estão ligados à desigualdade social, que se expressa na marginalização periférica e na precariedade da segurança pública.    Em primeira instância, a periferização dificulta o acesso aos serviços essenciais à integridade humana. A partir da narrativa distópica retratada na série "3%", observa-se uma sociedade extremamente dividida fisica e economicamente sob a lógica da meritocracia. Bem como na ficção, a população brasileira vivencia uma segregação socioespacial, encontrando prejuízos na acessibilidade aos seus direitos negligenciados pelo Estado, que afeta diretamente os mais pobres. Concomitantemente a essa dinâmica social, quando o filósofo Rosseau salienta que o surgimento da propriedade privada gerou conflitos, ressalta-se a necessidade de intervenção do Estado para corrigir as desigualdades sociais.      Em contraposto, as autoridades concentram a resolução dos conflitos através do monopólio da força. Nesse sentido, não há correções estruturais dos problemas da cidade, persistindo a falta de falta de educação, cultura e oportunidades de emprego, o que propicia a expansão do crime organizado. Diante dos fatos, é imprescindível métodos profundos para resolver as questões das metrópoles.     Para isso, é dever do Poder Público, em figura do Executivo, promover a profissionalização, o lazer e o comércio, por meio da implantação de escolas técnicas, praças, eventos e redes comerciais, ainda tão pouco exploradas nas periferias. Conquistando, assim, uma ascenção econômica, e, consequentemente, social das comunidades atingidas pelos fenômenos da urbanização desenfreada no país