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Enviada em: 02/06/2019

Desde a primeira revolução industrial ocorrida na Inglaterra as cidades ganharam destaque, o meio urbano passou a ser visto como meio de ofertas de oportunidades, de melhora de vida. Neste contexto, há cada vez mais um inchaço urbano, de modo que as cidades tendem a receber elevados números de migrantes e desenvolver-se de modo desordenado, de modo a promover falta de moradias ou, em casos por diversas vezes comuns, falta de qualidade digna de vida, a exemplo, as comunidades.      O fenômeno da globalização aproximou cada vez mais as pessoas, porém, também promoveu um agravamento das diferenças sociais, esse que pode ser visto ao longo das grandes cidades, de modo que é comum o encontro com moradores de rua ou pessoas em condições penosas. Segundo a Declaração dos Direitos Humanos, “todo ser humano tem direito a propriedade”, direito esse que muitas vezes acaba por não condizer com a realidade, de modo que fenômenos como a especulação imobiliária e inflação de mercado tendem a afastar classes mais baixas de possuírem moradia própria, população essa que muitas vezes acaba encontrando refúgio nas favelas, locais de alta precariedade e falta de condições dignas de vida.        Segundo Milton Santos, vivemos em uma sociedade marcada por uma “globalização perversa”, de modo que o fenômeno da globalização apresentou o pior da sociedade contemporânea, marcada pela separação de classes e condições, neste contexto, onde as cidades buscam cada vez mais desenvolver-se e melhorar suas condições globais, acabam por excluir grande parte de sua população, esta, que em casos como o Brasil, apresenta população de baixa renda composta por analfabetos e pessoas que não desenvolveram o estudo, ocasionando na exclusão.        O cada vez maior índice inflacionário de mercado e também a valorização de regiões por especulação imobiliária gera uma privação de moradia para milhares/milhões de habitantes, de modo a gerar falta de moradias, porém, no atual sistema econômico vigente, estes fenômenos são marcados como corretos e justos para a sociedade, de forma que o lucro tende a ser o único foco e não as condições e privações dos seres humanos.        Concluindo, há cada vez mais um desenvolvimento da vida urbana, porém não há uma preocupação com as condições de vida de grande parte da população, de modo que esta é marcada pela precariedade, a partir de tal, deve-se haver uma preocupação por parte do Estado a promover maior acesso a moradias, condições dignas e suspensão de políticas que visem o lucro em detrimento de outros, de modo que o bem social deve-se fazer superior ao bem individual ou financeiro.