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Enviada em: 24/08/2019

Com o golpe de 1930, em que Getúlio Vargas se tornou presidente, foi instituído, no Brasil, o modelo econômico de substituição de importações, que deu início ao processo de industrialização. Com isso, houve a criação de empregos nas cidades, o que desencadeou o êxodo rural e, consequentemente, um processo de urbanização não planejado. Em virtude disso, atualmente, as cidades são marcadas pela exclusão, pois elas são divididas por classes sociais e apresentam processos que desabrigam a população.   É preciso considerar, antes de tudo, que as zonas urbanas são separadas de acordo com a renda. Nesse contexto, ocorre a segregação socioespacial: conceito geográfico que designa áreas que são fragmentadas a partir da classe social. Desse modo, os centros urbanos são caracterizados por possuírem um alto custo de vida, o que impede os mais pobres de residirem nessas regiões e, assim, eles são obrigados a irem para áreas periféricas. Como resultado, essas pessoas sofrem por habitarem locais desvalorizados, em que, muitas vezes, são propícios a acidentes e não dispõem de saneamento básico e hospitais, o que acarreta a precariedade da moradia.   É importante ressaltar, ainda, que, em decorrência das populações das cidades crescerem exacerbadamente, diversas áreas estão sendo reformadas para atenderem a essa demanda. Um exemplo disso é a gentrificação: processo no qual ocorre a modernização de espaços urbanos, o que implica a mudança de perfil social das pessoas que frequentam esses locais. Em razão disso, esses indivíduos, por não deterem de uma condição econômica suficiente, são obrigados a saírem dessas áreas e, por causa disso, ficam desprovidos de assistência básica. Além disso, há o aumento das favelas, visto que essas pessoas, na maioria das vezes, não apresentam recursos para viverem nos centros urbanos.   Fica claro, portanto, que providências devem ser tomadas para diminuir a exclusão nas cidades. Destarte, o governo deve levar qualidade de vida para as pessoas das regiões mais pobres. Para isso, ele poderia, por meio de acordos com empresas comerciais, instalar, nas áreas periféricas, polos de desenvolvimento econômico, pois estimularia a criação de empregos e iria atrair iniciativas privadas. Por conseguinte, as pessoas que moram nesses locais não estariam sujeitas à precariedade e as regiões periféricas seriam modernizadas sem que indivíduos sejam desabrigados. Nessa direção, os problemas oriundos da urbanização não planejada, que foi iniciada pela industrialização, iriam diminuir drasticamente.