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Enviada em: 14/03/2017

"Tá vendo aquele edifício moço?Ajudei a levantar, foi um tempo de aflição eram quatro condução, duas pra ir e duas pra voltar". Desde a intensa industrialização de 1950 e 60 na região sudeste do Brasil as cidades não incluem a todos e a música Cidadão de Zé Ramalho é realidade para muitos brasileiros. Enfim, a forma heterogênea como os serviços públicos são distribuídos pela cidades e a exclusão de determinados grupos sociais pelo poder público  e a iniciativa privada precisam ser revistas.  Segundo a ONU em 2050 66% da população mundial será urbana. É importante salientar ,que diferente do que ocorreu no passado a população migratória não sai do campo e sim de outras cidades menores e em desenvolvimento em sua maioria.Tal situação intensifica os problemas socio-econômicos já existentes como o desemprego, por conseguinte essas pessoas residem em moradias precárias e em locais irregulares os quais na maioria das vezes são negligenciados pelo poder público.Desse modo, um possível aumento da população urbana resultará em uma piora significativa da problemática.   Em seguida, outro ponto preocupante é o fenômeno da gentrificação que afeta uma região ou bairro através da mudança da dinâmica local o que prejudica as pessoas mais pobres. Um exemplo disso é o bairro do vidigal na capital fluminense que após a pacificação feita pela polícia e principalmente a bela vista do local, o preço da terra, imóveis e aluguéis aumentaram consideravelmente. Dessa maneira, muitos moradoes não possuem condições financeiras de se manterem no bairro e em virtude disso, se mudam para locais mais pobres e o ciclo vicioso da pobreza não é encerrado.  Em síntese, segundo o zoológo Warder Allee da Universidade de Chicago para os animais é necessário um número fixo de indivíduos para que a comunidade funcione bem e não entre em colapso, com os humanos não deve ser diferente. A priori, os governos municipais  devem tornar os serviços públicos como, saneamento básico e infraestrutura, existentes em toda a cidade de forma homogênea, para não haver diferenças entre os bairros. Ademais, o governo Federal através do Ministério das Cidades deve regular o fenômeno da gentrificação e permitir que ele ocorra de acordo com perfil econômico da região, a fim de evitar que haja mais exclusão. Por fim, é urgentes que essas mudanças ocorram para que dicotomia presente na música Cidadão do Zé ramalho não seja mais uma realidade brasileira.