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Enviada em: 02/05/2017

A  chaga segregacionista   A segregação do espaço urbano nos revela o quanto a desigualdade é imperativa nesse local.O crescimento das cidades não significa que toda a população esteja desenvolvendo junto.Ao contrário,nos últimos anos o fenômeno de gentrificação defendido nos bastidores da especulação imobiliária e,sobretudo,da ineficácia de políticas que a coíbam,tem pesado sobre a população menos favorecida.   Podemos,portanto,analisar a execrável ''seleção urbana'' nos grandes centros,principalmente.Com o aumento do poder aquisitivo de parte da população,é necessário infraestrutura que atenda a demanda por imóveis.O pouco espaço restante para essas construções pertence a classe baixa,contudo,nada impede que os interesses das imobiliárias sejam concretizados.Os moradores desses bairros são praticamente expulsos,empurrados ainda mais para longe do centro.Esses locais não dispõem de saneamento básico,postos de saúde,escolas e oferta de trabalho.Este ''apartheid''é o estopim para medrar a problemática urbana com o aumento de favelas,já ''a priori'' nomeação pejorativo.   Como efeito,esta lógica centrífuga de expansão urbana preza os interesses da elite em relação aos que pouco possuem,o que favorece a instabilidade do próprio meio.Infelizmente,o fato de nossas cidades estarem,na maioria das vezes,apenas crescendo-como nesse caso-e muito pouco se desenvolvendo socialmente,abre-se espaço para o aumento da insegurança pública,ou seja,a exclusão faz com que pessoas subjugadas a ela busquem  na marginalidade,principalmente,a satisfação do que não podem desfrutar dignamente.  Destarte,o crescimento das cidades promovem as desigualdades.Urge a necessidade da ação governamental na elaboração de políticas sociais mais eficazes,atentando para as questões de infraestrutura, sem que para isso ocorra a chaga segregacionista que separa seres da mesma espécie por questões financeiras,com os mesmos direitos assumidos pela lei.