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Enviada em: 11/05/2017

As cidades são as principais responsáveis pelo crescimento econômico de uma sociedade. Em contrapartida com os benefícios proporcionados pelo ambiente urbano, como a acessibilidade e a integração de regiões, existem os desafios a serem enfrentados pelos cidadãos, como a miséria e outros aspectos relacionados às mudanças climáticas, que incluem a emissão de gases poluentes e a degradação da biodiversidade do planeta. Por conseguinte, o crescimento desordenado desse contingente populacional, associado aos fatores de infraestrutura, corroboram para a formação de metrópoles cuja população encontra-se dividida em dois extremos: os moradores e trabalhadores que possuem uma condição financeira estável e aqueles que carecem de oportunidades.     Nesse mesmo contexto, a existência de aglomerados subnormais em quantidades desmoderadas reflete de forma negativa ao Índice de Desenvolvimento Humano de um país. A literatura possui relatos de denúncias sobre as péssimas condições de vida a que são submetidos os moradores brasileiros ainda no final do século XIX, como visto na obra "O Cortiço", de Aluísio Azevedo. Além de retratar a dura luta pela sobrevivência dos cariocas, expõe uma sociedade cuja busca pelo prestígio social é fortemente marcada pelo Determinismo. Dessa forma, torna-se evidente que a miséria e a má distribuição de classes sociais nas médias e grandes cidades brasileiras é uma questão que persiste no território nacional há um longo período.       Sob outra perspectiva, o cotidiano urbanizado atraiu grande parte da comunidade rural, que, atraída pelas oportunidades de trabalho e pela modernização, muitas vezes realiza migrações inter-regionais a fim de obter melhor qualidade de vida. Esse acelerado crescimento populacional nas cidades, impacta de maneira significativa a infraestrutura, o meio ambiente e as camadas sociais do local, que se torna insustentável: a produção de resíduos, a emissão de gases poluentes, o desmatamento justificado pela agricultura e construção civil e o número de moradias inadequadas cresce também de maneira proporcional a população.       Portanto, conclui-se que a cidade e seus benefícios contemplam apenas algumas camadas da sociedade. Como medida corretiva, é imprescindível que o Governo Federal trabalhe na urbanização das áreas precária, por meio da construção de conjuntos habitacionais e pela instalação de infraestrutura básica em bairros mais carentes. Ademais, a tecnologia também deve ser utilizada a fim de transformar megacidades em centros urbanos habitáveis, por meio da captação de energia solar,  do tratamento e reutilização da água e do planejamento urbano, desenvolvendo-se então, municípios sustentáveis e com oportunidades que favoreçam a todos.