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Enviada em: 18/05/2017

Vida urbana no século XXI: apartheid social O Apartheid foi um regime segregacionista que negava aos negros da África do Sul os direitos sociais básicos. Atualmente, uma forma de exclusão também pode ser observada no Brasil: com o fenômeno do Êxodo Rural, uma condição de vida digna só pode ser observada nas cidades pela parcela da população que possui alto poder aquisitivo, caracterizando um apartheid social. Historicamente, após a Revolução Industrial, as migrações do campo em direção a cidade só aumentaram. Nesse contexto, as infraestruturas urbanas passaram a ser arcaicas para a demanda a ser atendida, criando uma situação de segregação: os direitos sociais básicos são garantidos para a elite, enquanto o resto da população lida diariamente com a precariedade do sistema de serviços públicos das cidades. Logo, se fazem necessárias medidas que amenizem tal marginalização característica da vida urbana no século XXI. Inegavelmente, esse quadro acarreta consequências. No âmbito da mobilidade urbana, por exemplo, existem áreas das cidades que sequer são atendidas pelo transporte público, dificultando, ou, por vezes, impossibilitando o direito de ir e vir de todo cidadão, previsto pela Constituição Federal. Esse é apenas um exemplo entre as adversidades que assolam o cotidiano da parte menos favorecida da população, em meio a falta de saneamento básico, saúde, segurança e condição de moradia digna. Em vista disso, se, conforme a carta magna brasileira, todos são iguais perante a lei, tais direitos sociais básicos precisam ser urgentemente universalizados. Fica evidente, portanto, que a atual vida urbana não é de condições igualitárias. Cabe ao poder público realizar um novo planejamento de verbas, priorizando investimentos em áreas sem condições de vida digna, a fim de que essas localidades passem a possuir direitos sociais básicos. Paralelamente a isso, o próprio povo deve pressionar o Governo Federal a atender tal parcela da população por meio de protestos pacíficos, visando que essas mudanças venham a acontecer mais rápido. Só assim as cidades brasileiras passarão a ser um ambiente, de fato, para todos, acabando com o apartheid social vigente.