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Enviada em: 23/08/2017

Cidade para todos, menos alguns    Entre os efeitos decorrentes da ascensão da Revolução Industrial ocorrida inicialmente em meados do século XVIII, a vida urbana sofreu grandes transformações, sobretudo pela imposição do padrão de vida pela burguesia. Nesse contexto, debates vêm surgindo com o intuito de consolidar a ideia de que a cidade não é para todo, haja vista a presença de fatores como a segregação espacial e o superpovoamento.        Com efeito, a vida urbana conta com a segregação motivada por vários fatores que geram estratos, entre os quais o econômico predomina. Dessa forma, há uma certa linha imaginária que separa a cidade em áreas elitistas e áreas periféricas. Tal cenário é resultante de um aspecto conservador de urbanização e prepotência de classes dominantes sobre as classes dominadas. Segundo Michel Foucault, as relações humanas são marcadas por domínio e disputa.   Outrossim, as cidades possuem, de forma predominante, desenvolvimento não planejado e, consequentemente, contam com superpovoamento, modo no qual os recursos disponíveis não são suficientes para a população. Sendo assim, tal cenário resulta no aumento de moradores de rua, expansão de favelas e violência urbana, oriundos do crescente número de desempregados e da alta especulação imobiliária.          Destarte, urge a adoção de medidas a fim de mitigar o atual cenário, que não é satisfatório. No âmbito federal, o Ministério das Cidades deve proporcionar, por meio de programas de inclusão social, a diminuição da disparidade entre as classes sociais para a homogeneização social. Ademais, o Ministério da Fazenda deve destinar maior verba pública para iniciativas de apoio social, como o Bolsa Família e o Seguro Desemprego, para evitar a exclusão social. Dessa forma, a cidade será para todos.