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Enviada em: 17/06/2017

Entre os séculos XVI e XIX, ao longo do período colonial brasileiro, foi possível observar a ocupação do território majoritariamente litorânea. No século seguinte, com o advento de indústrias de base nacionais trazidas pelo presidente Getúlio Vargas, o Sudeste é destaque em urbanização. E cada vez mais, a desigualdade faz da cidade um espaço de conflitos. Convém salientar, primeiramente, que a  macrocefalia urbana vem promovendo  inúmeras segregações socioespaciais. A gentrificação é um processo que condiciona a locação dos moradores através do seu perfil social. Como a reforma urbana na Zona Portuária do Rio de Janeiro, que deu espaço para o Boulevard Olímpico. Conjunto a essa questão, problemas relacionados a moradias irregulares são cada vez mais frequentes, bem como os elevados índices de violência. É necessário discutir, também, que a saturação das cidades é um grande vetor para a violência. No Brasil, o tráfico de drogas é umas das principal causa de homicídios violentos de acordo com o Ipea. Essas mazelas sociais fazem com que o medo isole os moradores, que por sua vez, se autossegregam em busca de segurança. Essa abordagem é feita por Marcelo Falcão em sua música Minha Alma, quando ele diz que "as grades dos condomínios são pra trazer proteção, mas também trazem as dúvidas se é você quem está nessa prisão". Para  que as cidades se tornem mais iguais e pacíficas, urge portanto, que fenômenos como os de gentrificação sejam mais democráticos, dando aos habitantes oportunidades para habitar moradias regulamentadas. Cabe também, á sociedade, criar comitês em busca de colocar em prática projetos reintegradores e socializantes. Só assim a sociedade poderá viver harmonicamente.