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Enviada em: 28/07/2017

Não é difícil recordar a notícia da grande quantidade de pessoas mortas e feridas vítimas de desabamentos. Essa imagem tornou-se frequente nos dias de hoje, visto que vivemos em uma sociedade em que grande parte pessoas de baixa renda são obrigadas a realizar uma ocupação inadequada. Neste contexto, é inquestionável afirmar que as cidades tornaram-se um ambiente de exclusão, uma vez que a população urbana tem crescido em uma escala exponencial e o custo dos imoveis em regiões centrais sempre foi inviável a maioria dos indivíduos.             Um dos tópicos que devem ser abordados é o crescimento populacional nas cidades. É possível afirmar que o processo de urbanização tenha iniciado durante a primeira revolução industrial, pois as indústrias geraram um crescimento das oportunidades de trabalho nas cidades. No Brasil, a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), que vigorava apenas no meio urbano, foi a principal responsável pelo êxodo rural. Sem condições de se estabelecer em áreas centrais esses indivíduos iniciaram uma ocupação periférica levando ao processo de favelização. Atualmente, a vinda do campo para as cidades representa apenas uma parcela do problema, o crescimento demográfico é também afetado pela taxa de natalidade. Esta taxa tende a ser maior, principalmente, em famílias como uma menor renda, as quais geralmente residem em locais de risco.           Ademais, não há dúvidas que as áreas centrais sejam destinadas a indivíduos com maior poder aquisitivo. Um fenômeno que ocorre, sobretudo, em países subdesenvolvidos é o da população mais pobre ser forçada a buscar moradia em locais periféricos. Este fato não é frequente em países desenvolvidos, em razão do processo de urbanização ter ocorrido de maneira adequada, ou seja, bem distribuída ao longo do território.  Países como, por exemplo, os Estados Unidos aluguéis próximos aos locais centrais tendem ser mais baratos, estratégia idealizada visando beneficiar indivíduos com menor renda, posto que há menores gastos com deslocamento até o seu trabalho.             Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Em primeiro lugar, o Ministério da Saúde deve promover campanhas de planejamento familiar, visando uma estabilização da taxa de natalidade. Dando continuidade, a defesa civil devem interditar áreas de risco a população, e em conjunto o governo municipal deve criar um programa para a doação de casas a esses indivíduos; os beneficiados devem ajudar com a mão de obra na construção.  E por fim, o governo federal junto ao Ministério da Construção irá realizar a construção de condomínios populares, em áreas próximas aos grandes centros, esses apartamentos serão destinados as pessoas que comprovem trabalhar próximo a esses locais. Só assim, haverá uma ocupação mais democrática dos centros urbanos.