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Enviada em: 03/09/2017

O centro urbano, durante o avanço industrial na Inglaterra, era concentrado pelos operários que, pela proximidade, tinham acesso fácil ao núcleo produtor. A elite, entretanto, vivia nas periferias distante da poluição e caos. A realidade brasileira encontra-se em situação inversa, demonstrando que a cidade, por suas diferenças sociais, não é para todos.        Nesse contexto, assim como o núcleo urbano difere do campo, descrito em As Cidades e as Serras de Eça de Queirós, a periferia difere do centro das cidades. Essa mudança se concretiza na desigualdade social, vivida em muitos locais, pela valorização da região central com acentuados preços de imóveis, mercadorias e serviços, tornando o acesso diferenciado pela disparidade econômico-social entre as pessoas.       Entretanto, essa situação não é atual, mas herdada de gerações passadas. A permanência da problemática é justificada historicamente pelo legado social de concentração de renda no Brasil, incentivada pela economia cafeeira e o crescimento de outros setores. A diferenciação se mantêm, também, inconscientemente através da própria gentrificação feita em alguns bairros, necessitando de melhores soluções.          Para que se atenue esse cenário instável, portanto, faz-se necessária a distribuição melhor da renda por meio de reformas trabalhistas que igualem, por lei, o salário de cadeias produtivas dispares, diferenciando o salário apenas pela carga horária e especializações. A aprovação de assentamentos rurais em terrenos estagnados, pelo Governo, torna-se imprescindível para a desconcentração de terra e, consequente, ganho de renda entre a população, esses atos, além de diminuir o êxodo rural, podem tornar a cidade um meio para todos.