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Enviada em: 05/09/2017

Urbanização unificadora ou segregação urbanizada?     O processo de formação de cidades ocorre desde o período neolítico, sendo mais intenso e marcante a partir do início do século XX, devido à industrialização. Entretanto, muito mudou em relação ao atual processo de urbanização, o qual sofre por não conseguir absorver o quantitativo populacional, propiciando a formação de habitações irregulares. Isso gera uma lógica excludente, na qual predomina a segregação.     É inegável que fenômenos sociais como a gentrificação afetam diretamente a realidade de moradores de baixa renda. Para Aristóteles, a política deve ser utilizada de forma que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado. Analogamente, observa-se como a ação das prefeituras rompe com o equilíbrio aristotélico, uma vez que ao valorizar a região com aumento de custos e benefícios, afetam a permanência da população local mais carente fazendo com que muitas famílias não consigam arcar com o novo custo de vida. Assim, percebe-se a necessidade de medidas eficazes da prefeitura local como forma de combate à problemática.     Outrossim, percebe-se como a explosão demográfica e o êxodo rural intenso contribuíram para uma lógica excludente nas cidades do século XXI. Segundo Durkheim, o fato social é a maneira coletiva de uma sociedade agir e pensar. Nesse contexto, nota-se que a alta taxa de natalidade e a vinda de pessoas do campo para a cidade em busca de trabalho fez com que muitas delas não encontrassem habitações regulares por preços acessíveis, ocupando favelas e periferias e sofrendo enorme segregação social por sua classe e moradia. Assim, observa-se como esse tipo de exclusão é um fato social, a medida que é passado de geração à geração e impulsiona o problema da desigualdade nos centros urbanos.     Entende-se, portanto, que o processo de urbanização intensificou a separação de classes e constitui um intenso fato social. Para atenuar o problema, é preciso que as prefeituras locais estabeleçam um preço de mercadoria que dependa da votação de todos os moradores do local, independentemente de sua renda, a fim de aumentar a igualdade no exercício da cidadania. Além disso, pode incentivar junto ao Governo Federal, por meio de campanhas nas redes sociais, a diversidade e a solidariedade como forma de combater a exclusão e o determinismo social. Dessa forma, será possível restaurar o equilíbrio aristotélico.