Materiais:
Enviada em: 12/09/2017

Sobretudo,a partir da década de 60,o Brasil passou por um intenso processo de êxodo rural.Diversas famílias do interior buscaram nas cidades novas oportunidades e melhores condições de vida.No entanto,percebe-se que o aumento populacional foi proporcional ao surgimento de novas moradias,muitas vezes,irregulares.O elevado preço dos imóveis,a especulação imobiliária e a gentrificação de áreas correspondem aos empecilhos responsáveis à democratização do espaço urbano.    No início do século XX,o Rio de Janeiro,capital brasileira no período,passou por uma intensa modernização baseada nos moldes parisienses,processo conhecido com Belle époque carioca.Assim,a construção de novos edifícios,além da pavimentação  e alargamento das ruas e avenidas gerou a supervalorização de áreas antes marginalizadas,fenômeno denominado gentrificação.Essa valorização imobiliária elevou os custos de vida na região,o que forçou muitos moradores a migrarem para bairros mais acessíveis.Atualmente,a construção do Museu do Amanhã,por exemplo,na capital fluminense em uma área portuária antes desvalorizada forçará o deslocamento de muitos moradores da região,muitas vezes,rumo à periferias ou ,até mesmo,favelas.    Ademais,é visível que outro fenômeno dificulta o acesso à propriedade no ambiente urbano:a especulação imobiliária.Muitas empresas ou indivíduos adquirem imóveis a título de investimento,muitas vezes não ocupando-os,mas apenas aguardando a sua valorização para posteriormente vende-los com uma margem de lucro elevada.Isso faz com que os preços residenciais subam,o que dificulta o acesso à posse por parte da parcela populacional que ainda não possui moradia própria.    Portanto,através do que foi exposto,percebe-se a necessidade da adoção de medidas que viabilizem o acesso democrático ao espaço urbano.Assim,compete ao Governo federal analisar de forma mais minuciosa as regiões em que serão construídas obras de elevado potencial de valorização, a fim de reduzir a incidência do processo de gentrificação.Além disso,cabe às câmaras municipais,em parceria com as agências imobiliárias locais aumentar a fiscalização sobre o processo de compra e venda de imóveis visando a debelar a especulação imobiliária.