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Enviada em: 19/09/2017

Contrariamente ao que visou a redemocratização brasileira de 1985, é possível perceber que a vida urbana no século XIX não é para todos. Desse modo, o equilíbrio de uma nação equânime é ameaçado. Sob esse ângulo, deve-se analisar como a gentrificação e o alto custo de vida nas cidades influenciam na perpetuação do problema em questão.       A fim de reorganizar o espaço urbano com a substituição de um grupo por outro, a gentrificação provoca um urbanismo excludente, em desuniformidade com as classes sociais. A exemplo, no início do século XX, o prefeito do Rio de Janeiro Pereira Passos, incentivado pelo presidente Rodrigues Alves, realizou obras na cidade inspirado na reforma da capital da França, Paris. É evidente, portanto, a presença da segregação social, que deve ser combatida com urgência.       Ademais, em vista do alto custo de vida dos espaços mais urbanizados, a população pobre tende a permanecer nas periferias - desse modo, excluída do acesso aos direitos à cidade, como educação, transporte, emprego, segurança, entre outros -, sem expectativa de melhorias. Em vista disso, dados da ONU apontam que apenas vinte e cinco por cento do crescimento urbano se deve à migração de áreas rurais, o que dificulta a isonomia.       Vê-se então, de modo exposto, que a vida urbana no século XIX não é para todos. É imprescindível que o Governo em parceria ao Ministério de Planejamento, Desenvolvimento e Gestão intensifique as regras de desenvolvimento local, no intuito de estabelecer limites aos processos de gentrificação. Além do mais, que a população periférica seja integrada ao espaço urbano por meio de políticas públicas do Estado para que, gradativamente, o acesso aos direitos à cidade torne-se igualitário.