Materiais:
Enviada em: 08/10/2017

Na sociedade contemporânea, é de interesse comum discutir acerca da vida urbana e disponibilidade espacial para todas as classes. Assunto muito debatido, especialmente nos últimos anos, com  o aumento dos fluxos migratórios e, por conseguinte, intensificação do processo de favelização, problema social gravíssimo.  Historicamente, o espaço urbano sofreu diversas transformações sociais e físicas, como a supervalorização de áreas, provocando o encarecimento no sustento de imóveis nelas localizados, principalmente nos grandes centros. Portanto, tornaram-se inviáveis para pessoas de baixa renda, inclusive, alguns exemplos dessas residências são retratadas na Literatura, como os cortiços no fim século XIX, imortalizados por Aluísio de Azevedo.  Onde inicialmente eram bairros pobres, a modernização, infelizmente, remanejou os mais pobres para  outros lugares, geralmente favelas mais distantes.    Sabe-se que, a busca por lucros muitas das vezes sobressai-se as questões sociais, como na especulação imobiliária. Consiste em, adquirir uma propriedade e deixa-la "rendendo", isto é, valorizando até chegar um preço de interesse ao dono e se ocupada, usa-se de artifícios judiciais, um exemplo disto é a música saudosa maloca, escrita pelo mestre Adoniran Barbosa, "mas um dia, nós nem pode se alembrá; Veio os homis c'as ferramentas; O dono mandô derrubá".  Dado contexto, é consenso afirmar que o capitalismo desregulado pode ser um predador voraz de indefesos, uma tentativa de erradicar os problemas apresentados seria a periodicidade de fiscalização quanto a imóveis ociosos. Exemplificando, estipulação de prazos de no mínimo 5 anos para serem ocupados normalmente ou seriam leiloados e o dinheiro entregue ao proprietário, move-se novas famílias aos imóveis,  garantindo assim o direito a moradia e o direito de bens imóveis do proprietário no pagamento integral ao dono, referente ao  montante recebido oriundo do leilão.