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Enviada em: 20/10/2017

Com base em Durkheim, a sociedade funciona como um organismo biológico, porquanto depende da interação entre todas as diferentes partes. Dessa forma, nota-se que um organismo perfeitamente interativo, é aquele livre de qualquer problema. Sendo assim, e válido analisar como a iniquidade, em relação aos ambientes urbanos, evidencia a quebra dessa relação interativa e contribui negativamente para o funcionamento desse corpo social.         Sob essa presunção, uma das proposições marxista discorre acerca da relapsa atuação do Estado, que atende apenas a classe dominante. À vista disso, é possível estabelecer uma atrelação com o fenômeno da gentrificação. Isso porque, a disponibilização de boa infraestrutura em alguns bairros, resulta na alteração da dinâmica local, com instalações de pontos comerciais, por exemplo, o que valoriza a região e afeta a população de baixa renda local. Dessa forma, nota-se como a gestão pública urbana desigual, corrobora o pensamento de Marx, pois beneficia empresários responsáveis por esse fenômeno e prejudica as classes mais baixas.         Como resultado, há o deslocamento dessas pessoas para locais onde tentam encontrar melhores oportunidades de vida, como as metrópoles, dado que 75% do seu crescimento advém da migração de outras áreas urbanas, de acordo com dados da ONU. Ademais, a onda de protestos em junho de 2013 no Brasil, causada pela situação do transporte público precário; além das enormes favelas existentes no mundo, também, tornam discutível o papel do Estado em garantir ambientes favoráveis a todos. Apesar disso, mesmo que caótica, essa situação é alterável.        Urge, portanto, a atuação do terceiro setor- sociedade civil organizada- na conscientização dos cidadãos, por meio de grupos de discussão e palestras, acerca dos seus direitos legais à cidade, para que, assim, o indivíduo reivindique, através de protestos, o que lhe é garantido por lei. Outrossim, o Estado deve promover uma participação direta da população, por intermédio de debates e conferências públicas, a fim de tornarem as cidades inclusivas e democráticas, procedendo, dessarte, o equilíbrio de interação social.