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Enviada em: 01/05/2018

No que se refere à vida urbana no século XXI, pode-se afirmar que nas cidades, a especulação imobiliária aliada à passividade do Estado, vem desencadeando uma série de problemas, entre eles a segregação socioespacial, desigualdade e marginalização. Nesse sentido, a fragmentação dos centros urbanos, principalmente em classe social, mostra nitidamente que a vida na pólis não é para todos.     Em primeiro plano, a especulação imobiliária é uma realidade principalmente nas grandes metrópoles, sendo assim, com a inflação dos preços dos terrenos nas áreas centrais provocada pelo valor social que tomaram, esses locais são ocupados exclusivamente por pessoas de alta classe social e poder aquisitivo, fazendo com que pessoas menos afortunadas passem a ocupar áreas periféricas. Dessa maneira, esses indivíduos acabam ocupando, muitas vezes, locais inapropriados como acontece nas Favelas do Rio de Janeiro, dificultando a chegada de políticas públicas como saneamento básico e educação de qualidade, assim diminuindo as taxas de oportunidades do local e aumentando o índice de criminalidade, logo, esse círculo vicioso da segregação se da pela reificação do seres humanos como coisas podem ser dotadas de valor, porém o filósofo Kant com sua teoria "Imperativo Categórico" dizia que, indivíduos não devem ser tratados como coisas que tem valor, mas como pessoas quem tem dignidade.            Ademais, a criminalidade nas regiões periféricas afeta diretamente as regiões centrais, o que faz com que esses locais se "protejam" de suas maneiras, dessa forma, a criação de enclaves fortificados como condomínios, exalta ainda mais a desigualdade socioespacial. Dessa forma, o sociólogo Durkheim dizia que, a sociedade é um corpo biológico que interage entre si, de modo que, para que o organismo funcione, ele precisa ser igualitário e coeso, ou seja, é necessário que todos direitos dos cidadãos sejam compridos, entre eles, os mesmo direitos de saneamento, educação e segurança.             Entende-se, portanto, que cabe ao Ministério do Meio Ambiente por meio do investimento de saneamento básico nas áreas mais afastadas, como a instalação de esgotos e abastecimento de água para os cidadãos, para que aja igualdade e dignidade de vivência tanto nos centros quanto nas periferias. Cabe também ao Ministério da Educação por intermédio de mais investimentos em escolas  públicas de ensino fundamental e médio, com o desenvolvimento da estrutura escolar como cadeiras almofadadas e local climatizado, para que as crianças e adolescentes tenham interesse na aprendizagem e não comecem cometer delitos. Por fim, cabe a Secretaria de Proteção e Direitos civis remanejar famílias em terrenos de riscos, relocando em locais com as condições citadas para que a cidade se torne um lugar "igualitário e coeso" e um lugar para todos.