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Enviada em: 19/03/2018

O Brasil só foi considerado um país predominantemente urbano em 1969. Tal conjuntura, foi acompa-nhada de vários aspectos sociais até então desconhecidos pela nação, e paralelo a isso, houve um grande inchaço urbano que gerou e ainda gera consequências nos dia atuais. Logo, é necessário que o Governo se atente a tais mudanças, para que a garantia do bem estar da população não seja negligenciado.       A construção de Brasília, durante o Governo de Jucelino Kibitschek, nas décadas de 1950 e 1960, teve sua mão de obra predominantemente nordestina, que após a construção ficou à mercê do Estado, ou seja, não conseguiram se estabelecer na nova capital, devido ao elevado custo de vida. Esse contexto, também pode ser observado nos dias atuais, onde uma parcela moradora das grandes cidades, infelizmente é pressionada a deixar o seu lar em decorrência da elevação do custo de vida no entorno do imóvel, processo conhecido pela geografia como Gentrificação. Sendo assim, é necessário uma maior atenção dos governantes quanto a esse empasse.       Além disso, segundo Karl Marx, o modelo capitalista de sociedade é pautado na divisão de classes, ou seja, há uma segregação social quanto à renda da população, na qual concentra os privilegiados financeiros em bairros luxuosos e caros, e exclui paras os entornos da cidade, ou seja, periferias, uma parte numerosa de indivíduos  cujo contingente é essencialmente mais significativo. Porém, os governos municipais e estaduais, ao invés de dar suporte com politicas publicas de qualidade para a população segregada, concentra essas ações em locais onde já existem uma infraestrutura mais eficientes, colocando as zonas periféricas em risco social e estrutural. Indiretamente, tal comportamento acaba por corroborar para uma sociedade hierarquizada e extremamente desigual.       Portanto, para que as cidades possam acolher todos os cidadãos de forma efetiva, é necessário que o Governo Federal, em parceria com prefeituras municipais, criem mecanismos que dificultem o processo de Gentrificação. Para isso, é interessante a criação de leis como na França, que proíbam a venda de estabelecimentos ou casas em locais propensos a formação desse processo, colaborando, dessa forma, com uma maior integração social, sem segregação e sem desapropriação imobiliária. Ademais, é de extrema importância também, a atenção estatal nas periferias, criando transporte publico eficiente e numeroso, para que a população residente nesses locais possam estar conectadas de forma efetiva com os grandes centros urbanos.