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Enviada em: 24/07/2018

José Saramago, na obra " Ensaio sobre a cegueira", demonstrou o quanto o ser humano consegue ser individualista no qual não enxergue a dificuldade do outro. De maneira análoga, a violência de gênero nas universidades brasileiras se perpetua por atitudes intolerantes. Desse modo, esse impasse se evidencia por meio dos casos de agressões, bem como por via do pouco amparo das universidades.   Primordialmente, o filósofo Sartre defendia que todo ser humano é livre e sua liberdade deve ser respeitada. Nesse contexto, casos de violência, ocasionados por preconceito de gênero, vai contra a tese do filósofo. Consequentemente, ferir a liberdade de alguém, também, é um ataque contra a dignidade humana. Destarte, o caso da estudante trans que, de acordo com o Diário de Pernambuco, foi agredida dentro do campus da federal enquanto voltava para casa, exemplifica o quanto o tema é atual e existente.   Ademais, o pouco investimento das universidades intensifica o medo da denúncia. Por conseguinte, para enfrentar o problema da violência de gênero, os centros educacionais precisam estimular a denúncia das vítimas. Entretanto, existe pouco estímulo em relação a isso. Além disso, convém realçar, o impasse , também, está presente na desvalorização da figura feminina e isso pode acontecer, até mesmo, com professoras do local.   Portanto, no que tange à intolerância de gênero, medidas são necessárias. À vista disso, é dever do Ministério da Educação promover nas universidades debates e palestras sobre a violência de gênero, por meio da participação de psicólogos, pais e alunos, com o objetivo de disseminar o respeito e a igualdade de gênero. Outrossim, é dever das universidades criarem canais de denúncias, por via de portais virtuais, para que incentive a denúncia das vítimas e acabe com atos violentos. Assim, a violência de gênero deixará de ser uma cegueira e será combatida por toda a sociedade.