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Enviada em: 24/07/2018

Para o sociólogo brasileiro Betinho, o desenvolvimento humano só existirá se a sociedade civil afirmar o direito de igualdade entre seus cidadãos. Entretanto, sempre houve e sempre haverá diferenças criadas culturalmente entre pessoas e grupos sociais. Foi assim na Grécia Clássica com sua democracia escravista; foi assim na Roma antiga, dividida entre patrícios, plebeus e escravos; é assim na atualidade. Desse modo, fica fácil entender que a problemática da violência de gênero em universidades brasileiras na contemporaneidade é apenas um reflexo desse mundo desigual. Nesse contexto, o descumprimento das leias e a ausência de medidas preventivas eficazes recebem a culpa.         Em primeira análise, cabe pontuar que falhas na justiça brasileira corroboram para o surgimento da violência contra mulher. Comprova-se isso por meio de dados divulgados pela revista Veja, onde ela afirma que as diretorias das universidades negligenciam as violências, sobretudo as de abuso sexual. Nesse sentido, Tal postura vai contra o pensamento de Max Weber, o qual diz que o Estado consiste em uma relação de dominação do homem sobre o homem, fundada no instrumento da violência legítima, isto é, a punição como forma de atingir a normalidade social. Logo, vê-se que a impunidade possui papel fundamental no aumento da violência contra a mulher dentro das instituições.          Ademais, convém frisar que a adoção de práticas equivocadas que tentam proteger a mulher está entre as causas do problema. Uma prova disso está na criação de departamentos dentro das faculdades que tem como foco orientar a mulher dos procedimentos que deve tomar após ser violentada. Todavia, durante séculos tal conjuntura se mostrou ineficiente no combate à violência de gênero, haja vista que ainda em pleno século XXI cerca de 40% das acadêmicas brasileiras ainda se sentem inseguras dentro das instituições, segundo noticias do site Vix em 2018. Diante disso, fica evidente que medidas mais eficazes devem ser adotadas.         Infere-se, destarte, que a violência de gênero dentro das universidades precisa ser melhor combatida. Sendo assim, é preciso que o Governo Federal, em parceria com o Ministério da Educação, financie projetos educacionais dentro das universidades e na sociedade, por meio da criação de propagandas televisivas e palestras que eduquem as pessoas sobre a importância de praticar o registro de boletinho de ocorrência na Policia Civil. Nesse sentido, os casos de violência não ficarão restritos às instituições, permitindo que o Estado tome conhecimento e promova a justiça. Além disso, as faculdades privadas e federais pode criar cursos valendo horas curriculares que incentive o respeito à mulher, através da ministração de aulas de ciências humanas que mostrem a opressão injustificável sofrida por esse público. Assim, construir-se-á um Brasil mais próximo da idealização de Betinho.