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Enviada em: 26/07/2018

Democratização das universidades       De acordo com Isaac Newton, filósofo inglês, um corpo tende a permanecer no estado em que se encontra até que uma força atue sobre ele. De forma análoga, o aprimoramento da sociedade em relação as suas práticas e costumes depende da ação dos agentes responsáveis, visto que, a manutenção de tradições machistas indesejadas configura-se como status quo. Nesse sentido, a comunhão entre Estado e sociedade para mitigar o problema da violência de gênero nas universidades brasileiras é a medida que se impõe.       Dado o exposto, tal situação é problemática por denegrir o ambiente universitário como espaço democrático, além de dificultar o uso do ensino superior pelas mulheres como ferramenta para atingir a igualdade de gênero, haja vista, o risco constante de serem vitimizadas. No contexto, as circunstâncias atuais demonstram que o escritor austríaco Stefan Zweig se equivocou no título de sua obra "Brasil, país do futuro", já que, apesar de imortalizado como dito popular, não prevê o atraso da nação em relação às questões de gênero. Assim, é imprescindível que a isonomia de direitos assegurados pela constituição brasileira possa ser observada na prática, mediante a reversão do quadro apresentado.        Por outro lado, a inalteração da conjuntura evidenciada é devida à falta de empatia dos indivíduos favorecidos pelo machismo da sociedade, desse modo, a luta pela socialização do direito de usufruir plenamente do ensino superior - independente do gênero - prossegue sem desfecho favorável. Dessarte, o egoísmo do homem é corroborado pelas afirmações do sociólogo Zygmunt Bauman em seu livro "Modernidade líquida", posto que, declara ser o individualismo uma das principais características da pós-modernidade. Sendo assim, a superação desse problema exige ações ações efetivas, a fim de garantir o bem-estar das mulheres nas universidades, apesar da natureza humana.       Em conclusão, para que a violência de gênero no ensino superior brasileiro não se conserve em repouso como uma corpo sem forças atuantes - segundo as Leis de Newton - medidas devem ser tomadas, pela união entre Estado e sociedade. Portanto, os cidadãos devem se reunir, por meio das mídias sociais, para provocar debates capazes de desconstruir o individualismo que reforça o preconceito contra a mulher nas universidades, no intuito de superar esse revés. Ademais, o Governo Federal, através de um decreto, deve disponibilizar um número para a denúncia anônima dessa espécie de discriminação, com o propósito da punição dos agressores e efeito final de tornar a universidade um ambiente democrático.