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Enviada em: 27/07/2018

De acordo com Albert Camus, escritor argelino do século XX,se houver falhas na conciliação entre justiça e liberdade,haverá intempéries de amplo espectro.Nesse sentido,a violência de gênero nas universidades brasileiras fere não somente preceitos éticos e morais, mas também constitucionais estabelecidos pela Carta Magna do país.Dessa forma, observa-se que a liberdade de gênero nas universidades nacionais reflete um cenário desafiador seja a partir de reflexo histórico ,seja pelo descumprimento de cláusulas pétreas.   Mormente ,ao avaliar a violência de gênero no meio acadêmico por um prisma estritamente histórico, nota-se que fenômenos decorrentes da formação nacional ainda perpetuam na atualidade.Segundo Albert Einstein, cientista contemporâneo, é mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito enraizado.Sob tal ótica, é indubitável que inúmeras ojerizas de gênero possuem ligação direta com o passado. Assim, criou-se ao longo da historiografia mitos e concepções deturpadas da inferioridade feminina.Desse modo,com o intuito de atenuar atos contrários  , cabe ao governo , na figura do Ministério da Educação, a implementação na grade curricular das universidades a disciplina de gênero , mitigando assim defeitos históricos.    Além disso , cabe ressaltar que a violência de gênero burla preceitos constitucionais pois fere a liberdade pessoal e os princípios de segurança dada pela Constituição federal de 1988 . Contudo,quase 30 anos depois de sua divulgação  , a liberdade e a segurança de diversos indivíduos continua impraticável. Á vista que a violência de gênero configura-se uma chaga social que demanda imediata resolução.Dessa maneira , cabe ao Estado, como gestor dos interesses coletivos, a implementação de delegacias de combate ao sentimento desrespeitoso e ,até mesmo violento dentro das universidades brasileiras .   Destartes, depreende-se que raízes históricas potencializam atos inconstitucionais no Brasil , torna-se imperativo que o Estado , na figura do Poder Legislativo, desenvolva leis de tipificação como crime hediondo aos atos violentos e atentados a mulheres dentro das universidades. Ademais , urge que a mídia, por meio de novelas e seriados , exponha e mostre casos de preconceitos dentro dos centros acadêmicos , além de transmitir e propagar a igualdade de gênero , com o propósito de elucidar e desmistificar preconceitos e opiniões violentas em relação a diferença de gênero.Apenas sob tal perspectiva, poder-se-á respeitar a liberdade, expandir o respeito  e combater a violência causada por gênero no meio acadêmico, pois como proferido por Karl Marx: as inquietudes são a locomotiva da nação.