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Enviada em: 29/07/2018

Consoante à teoria proposta pelo filosofo grego Aristóteles o homem é, por natureza, um animal político e, por isso, vive em sociedade. Hodiernamente, entretanto, observa-se uma afronta a essa teoria devido aos recorrentes casos de violência de gênero nas universidades brasileiras. Nota-se, diante disso, que, devido a violência que tornou-se, infelizmente, rotina no Brasil, urge que discuta-se a melhor maneira de enfrentar e, ao menos, atenuar essa enfermidade social.       A priori, convém ressaltar que em uma sociedade que está contaminada pela violência de gênero, as universidades, lamentavelmente, não escapam dos males dessa infelicidade. Isto é, as universidades são o reflexo da situação geral do país, contudo, medidas que punam o crime e incentive a denuncia devem ser adotadas como forma de acabar essa infame situação que corrobora para a má qualidade do ensino superior brasileiro, pois de acordo com o Instituto Avon cerca de um terço das mulheres já deixaram de fazer alguma atividade por medo da violência. Desse modo, segundo o filosofo renascentista Nicolau Maquiavel, a pratica dos crimes advém das brandas penas existentes, logo com penas mais rígidas que punam a ação desses infratores os índices irão reduzir.       A posteriori, nota-se que a recorrência dos atos de violência de gênero se deve a precariedade com que o assunto é debatido nos ambientes de ensino, seja ele superior, seja ele básico. Ou seja, devido a falta de discussão do assunto, muitas vezes, não se tem a devida noção de que se trata de um crime ou uma ação violenta - caso, principalmente, dos homens. Entende-se, dessa maneira, que de forma análoga ao discorrido pelo filósofo prussiano Immanuel Kant com a célebre frase "É no problema da educação que assenta o grande segredo do aperfeiçoamento da humanidade", é necessário que o tanto o respeito a mulher quanto a divulgação da legislatura seja disposta no ambiente escolar como forma de conscientizar a sociedade desde a juventude.       Compreende-se, pois, que, seja pela falta de respaldo nas universidade, seja pelo ineficaz papel da escola em formar cidadãos, a violência de gênero está indubitavelmente presente nas universidades. Dessarte, urge que o Ministerio da Educação, junto com a direção das universidades públicas e privadas, elaborem cartilhas informativas sobre os atos violentos, a forma de denunciar as ações, a legislatura contra a violência e o incentivo à denúncia que serão distribuídas nas escolas e universidades com o intuito de reduzir os preocupantes índices. Outrossim, concomitante a isso faz-se necessária a iniciativa parlamentar que paute a violência nas universidades de forma mais específica e com penas mais rígidas. Com isso, a sociedade brasileira tornar-se-á cada vez menos "animal" e passará agir cada vez mais como "política".