Materiais:
Enviada em: 30/07/2018

A violência de gênero não é questão de escolaridade. Os constantes casos de assédio contra mulheres dentro do ambiente universitário nacional têm mostrado-o como disseminador de preconceitos e discriminações ao sexo feminino que permeiam toda a sociedade brasileira. Dessa forma e em vistas a enfrentar tal cenário inaceitável, medidas de cunho social e fiscalizatório devem ser tomadas.       No âmbito social, é necessário que haja a conscientização não só daqueles que estão na universidade, mas de toda a sociedade. Por ser um local de confluência de culturas, o ambiente acadêmico é formado por uma junção de visões de mundo, trazidas por seus integrantes de seus espaços sociais particulares. Assim, o agressor que comete uma violência de gênero geralmente a aprendeu no convívio familiar ou com amigos, externando-o em outro contexto. Nesse sentido, uma conscientização ampla é eficaz porque age barrando a formação do pensamento discriminatório, e consequentemente, os atos de violência.       Além disso, a fiscalização e a denúncia aos abusos devem ser incentivadas. Isso porque a garantia que a vítima possa denunciar seu agressor e de que ele será penalizado - estupro, agressão física, moral e qualquer tipo de violência são crimes previstos no Código Penal - ajuda a acabar com o sentimento de impunidade que certos ambientes, como as festas universitárias, ou a própria universidade proporcionam, e que serve de motivação para o crime. Alguns grupos, como o Acolhidas da Universidade Federal de Uberlândia, já realizam esse trabalho, garantindo amparo jurídico para as mulheres vítimas de tais atos.               Desse modo, uma das maneiras de viabilizar tais medidas é por meio dos governos federal, estaduais e municipais que, em parceria com a mídia, deve promover a criação de campanhas de conscientização sobre a igualdade de gênero e sobre os traumas da violência, veiculadas pela televisão, internet e através de palestras nas escolas e universidades, visando a máxima abrangência. Ademais,parcerias com as universidades para a criação de mais centros de apoio e amparo as vítimas, aproveitando os próprios universitários, em cargos de estágio, ajudaria a reduzir os custos e proporcionar um maior número de centros de denúncia e fiscalização.