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Enviada em: 02/08/2018

Na historiografia e na contemporaneidade, constata-se que desde as primeiras civilizações às mulheres são vistas como e violentadas pelo sexo masculino. Hodiernamente, é indubitável que essa problemática é uma realidade nas universidades brasileiras, uma vez que apesar da garantia de igualdade no artigo 5° da Constituição Federal, as práticas machista perturbam. Dessa forma, observa-se que o paradigma reflete um cenário desafiador no país, seja pela omissão estatal, seja pelo legado histórico-cultural. É primordial ressaltar que a inoperância do Estado frente ao combate dessa desigualdade corrobore para o impasse. Nesse sentido, segundo Aristóteles, a política deve ser implantada de maneira que, por meio da justiça, a harmonia seja alcançada no corpo social. De maneira análoga, é evidente que as nefastas políticas públicas rompa com o equilíbrio e, por conseguinte, solidifique o caos no Brasil. Dessa maneira, é notório que apesar das ocorrências de violências e de assédios sexuais serem tão frequentes nos âmbitos acadêmicos tais atos são minimizados e omitidos pela sociedade machista. Em consequência disso, tem-se o crescimento da insegurança e das ameaças às universitárias feitas por alunos e professores no intuito de violenta-las. Outrossim, constata-se que o pensamento patriarcal, consolidado na sociedade, também atue como impulsionador do problema. Michael Foulcat, em sua teoria das Palavras proibidas, afirma que a sociedade tende a tornar a violência sexual e repúdio ao sexo feminino como um tabu, pelo fato de causar desconforto. Assim, é perceptível que a falta de diálogos dentro e fora das universidades obstrua a resolução do problema e, por consequência, amplie a mentalidade retrograda na esfera social. Logo, não há dúvidas que enquanto não houver mobilização popular, isso continuará sendo um imbróglio. Torna-se evidente, portanto, que ainda há entraves para garantir a igualdade de gênero no país. Destarte, é imprescindível que o Governo Federal em harmonia com o Ministério da Educação amplie as fiscalizações nos centros acadêmicos, bem como penalize aqueles que vitimizem as mulheres, por meio de leis que garantam de forma efetiva a segurança e a isonomia social. Ademais, à mídia junto às escolas deve promover campanhas que incentivem o respeito e a equidade, por intermédio de anúncios publicitários e campanhas contra o estupro e o assédio, no intuito de desmitificar o pensamento arcaico da sociedade brasileira.