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Enviada em: 07/08/2018

A partir do governo Getúlio Vargas, com a conquista do direito ao voto para mulheres e a sua maior inserção no mercado de trabalho, possibilitou uma maior independência feminina no mundo contemporâneo. Embora a sociedade tente preservar a igualdade entre os gêneros, percebe-se nas universidade um número crescente de violência contra mulheres, como tentativa de subjugá-las. Entre as causas estão as questões socioculturais da antiguidade e a falta de segurança dentro das instituições, favorencendo a manutenção desse cenário.              Nesse contexto, a preservação de comportamentos medievais nos jovens contribui para a violência de gênero dentro dos campus das universidades. Há quem diga que o machismo não se faz mais presente na sociedade quanto naquela época, em que a figura feminina deveria ser submissa ao homem e trajar roupas de acordo com os critérios deles. No entanto, o fato de os cidadãos julgarem as mulheres pelo tipo de vestimentas consideradas provocantes e usá-las como um argumento para justificar o espancamento e o estupro durante as festas de recepção de calouros e no cotidiano do ambiente estudantil são exemplos de hábitos machistas que ainda persistem entre os indivíduos. Dessa forma, as alunas ficam mais suscetíveis a se tornarem vítimas de agressões nas universidades, pois, em vez de denunciarem a atitude do criminoso, atribuem a culpa às mulheres.          Ademais, a carência de segurança nas instituições de ensino superior facilita a manutenção desse ambiente violento contra as mulheres. Embora o Estado tente suprir com a contratação de serviços particulares que trabalham com a seguridade, devido ao impedimento instituído pela Constituição Federal de a polícia municipal atuar no local, o número reduzido de seguranças comparado aos terrenos da faculdade e a quantidade de alunos permite a atuação dos agressores. Assim, favorece-se o conceito de anomia proposta pelo sociólogo Durkheim, pois dentro das universidades as leis que regem a sociedade brasileira são negligenciadas e não fiscalizadas pelos agentes, estimulando o caos social e submetendo as estudantes a insegurança constante.       Nessa perspectiva, a preservação de hábitos culturais e a falta de vigilantes nos terrenos estudantis contribuem para a violência de gênero no Brasil. Por isso, torna-se necessário que as instituições de ensino superior descontruam a visão machista dos alunos, por meio de palestras períodicas na grade curricular dos cursos com especialistas, como sociólogos, porque são fundamentais na análise de hábitos sociais, a fim de reduzir as agressões contra a mulher. Outrossim, cabe ao Estado melhorar a segurança dentro do campus, por intermédio da contratação de vigias de acordo com a proporção de alunos, com o intuito de garantir a lei, proteger e reduzir os atos violentos.