Materiais:
Enviada em: 08/08/2018

Violência é qualquer ato agressivo de forma intencional, seja fisicamente, seja psicologicamente. Além disso, está presente em diversos âmbitos, o qual o gênero é um dos tipos mais recorrentes. Ademais, o que mais surpreende são os ambientes onde ocorrem os fatos, sendo as universidades o de maior espanto, por ser um local educacional. Contudo, com poucos espaços para discussão de conteúdos que abordem o social e, ainda, vitimas que sentem medo e vergonha de denunciar, aumentando, de forma preocupante, as incidências.    É indubitável, que a academia intelectual possui como um de seus papeis formar indivíduos pensantes nas mais variadas áreas e contextos. Porém, nas universidades brasileiras, isso vem ficando apenas no papel, sobretudo quando se diz respeito a discussões sociais, como a violência de gênero que assola o bem estar de milhares de estudantes, principalmente mulheres. Um exemplo disso, foi o caso ocorrido na Universidade do Estado de Santa Catarina, no ano de 2018, onde um professor da instituição foi acusado por cinco alunas, as quais quatro se referiam a assédio moral e uma à violência sexual, todos em situações e tempos diferentes. Dessa forma, fica evidente que as instituições não investem em debates acerca, tanto para evitar novos casos, quanto para orientar e apoiar as vítimas.    Por consequência desta falta de orientação e apoio por parte das Universidades, os alunos, vítimas, insistem em tentar esquecer, muitas vezes por medo e vergonha, e não denunciam, o que aumentam as ocorrências e, consequentemente, gera um ciclo de impunidade recorrente. Um exemplo disso foram os depoimentos de várias jovens ao documentário "Chega de Fiu Fiu", produzido pela rede Globo, em 2018, onde muitas estudantes universitárias relataram casos vivenciados por elas, algumas até mais de uma vez, de assédio sexual dentro dos espaços universitários, mas que, por falta de conhecimento e apoio, não procuraram ajuda. O que gera mais eventualidades.    Portanto, é visível que a violência de gênero nas universidades brasileiras é um problema. Com isso, é necessário que o MEC - Ministério da Educação juntamente com as instituições de ensino superior insiram discussões de gênero no ambiente universitário, através de congressos, seminários e mesas redondas, apresentados por advogados e representantes da lei Maria da Penha. como forma de conscientizar e orientar todos os alunos. Além disso, é preciso da atuação da vitima e de todos ao redor, ou seja, que denunciem, para que sejam tomadas as medidas cabíveis em relação ao agressor, visto que já existem políticas públicas especificas para a proteção das mulheres, que garantem total apoio e segurança ao denunciante, anonimato. Tudo para que seja possível a discussão acerca do tema, para uma maior interação e, consequentemente, os casos de impunidade sejam extintos.