Materiais:
Enviada em: 09/08/2018

Violência de gênero é o uso de agressividade de forma intencional e excessiva de um sexo ao sexo oposto, seja física, moral ou psicológica. Dessa forma, vale ressaltar que, no Brasil, os casos ocorridos nos espaços universitários vem ficando cada vez mais comuns, principalmente pela falta de discussão acerca do assunto dentro das universidades e a ausência de penalidades mais severas para os que cometem o crime. Dessa forma, é importante discutir as formas de se enfrentar o problema da violência de gênero dentro das universidades brasileiras.     É indubitável que a universidade possuí um papel importantíssimo na formação crítica dos alunos, contudo, quando se refere à discussões sobre violência de gênero, algumas instituições de ensino superior falham, ou seja, não abordam à problemática dentro do meio. Com isso, não insere os alunos nas discussões sociais e, consequentemente, se torna difícil entender seus direitos e deveres, além ainda da questão de compreender o que é essa violência dentro dos pequenos atos rotineiros, que são os que auxiliam no acontecimento de outros mais extremos, como estupro, agressão física etc.. Um exemplo disso foi um caso ocorrido na Universidade do Estado de Santa Catarina, em 2018, divulgado pelo site oficial Estadão, onde um professor do departamento foi acusado, por dez alunas, de assédio moral, sexual e estupro, e as vítimas só denunciaram após dias do acontecimento, por acharem que não seria possível formalizar à denúncia, ou seja, por falta de conhecimento.     Outrossim, temos problemas relacionados à falta de penalidades mais severas, visto que o Código Penal brasileiro estabelece apenas 3 meses de reclusão, variando entre o regime aberto e semiaberto, ou seja, não desestimula o agressor à praticar tais atrocidades, gerando ainda mais insegurança para às vítimas, como por exemplo o caso de Tauane Moraes que foi morta pelo ex-namorado, em 2018, após ter feito uma denúncia por agressão física e tentativa de homicídio e após um dia da prisão ele foi solto, mesmo tendo sido caracterizado como flagrante, e algumas horas depois da soltura ele matou ela dentro da residência, por vingança. Dessa forma, não restando outra opção para a vítima além do silêncio e a impunidade.    Dessa forma, é necessário que sejam tomadas iniciativas por parte de todos os envolvidos, iniciando pelas Universidades que devem implementar, em seus espaços, locais para discussão e apoios às vítimas de violência de gênero, como grupos de amparo, com participação de psicólogos, de forma que seja trabalhado a orientação e os problemas ocasionados após o acontecimento. Além disso, ainda é necessário à atuação do Poder Judiciário, criando leis mais rígidas para os praticantes, como forma de desestimular à prática das incidências. Para que seja possível a diminuição e punição dos atos.