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Enviada em: 09/08/2018

A violência de gênero, no Brasil, tem sido um tema preocupante. Situações como o estupro, a tortura e o abuso psicológico são frequentes no meio universitário. Para o promotor de justiça Antonio Ozório Nunes, responsável pela comissão de infância e juventude em Taubaté, a violência é um ato voluntário, que acaba por gerar um prejuízo físico ou psíquico a outro indivíduo. Assim, torna-se necessária a adoção de novas medidas que atenuem a questão.     Desde o período de colonização, em meados do século XVI, a construção sócio-histórica do Brasil foi alicerçada sobre bases patriarcais, na qual o pai era o chefe da casa e sua mulher submissa a ele, estabelecendo uma relação de poder. Nas universidades, as constantes ocorrências de humilhação da figura feminina, do machismo e o desrespeito à mulher, trazem impacto no aprendizado de muitas delas por se sentirem desmotivadas, além de consequências psicológicas, como a baixa autoestima e a depressão.        Ademais, a falta de combate à cultura do estupro presente nas instituições de ensino permite que muitos casos sejam silenciados, seja por medo da vítima em denunciar, seja no agressor justificar sua atitude por motivos de deveriam ser secundários, como o uso do álcool. Esses fatores, somados à carência de preparo para o debate e conscientização pelo corpo docente nas universidades, geram um ciclo de violência, que por sua vez, perpetua a desigualdade de gênero.             Portanto, medidas são necessárias para mitigar o impasse. Segundo Immanuel Kant, o homem é aquilo que a educação faz dele. Dessa forma, o Ministério da Educação, aliado às esferas estaduais e municipais, deve fundar uma rede de apoio para discutir temas como a violência sexual e o assédio, e, assim, trazer instrução e conscientização aos jovens. Necessita também, auxiliar as universidades na denúncia e investigação dos casos, para que os assuntos sejam tratados com seriedade. Assim, há de se reduzir a violência de gênero das universidades em solo nacional.