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Enviada em: 10/08/2018

Deterioração moral nas universidades brasileiras       Com o crescimento do número de denúncias que ferem os Direitos Humanos e o recorrente posicionamento feminino na luta por igualdade, muito se tem discutido acerca da violência de gênero nas universidades brasileiras. A partir disso, problemas como insegurança do ambiente acadêmico e relações abusivas entre professor-aluno evidenciam um meio defasado socialmente na formação de futuros profissionais.        Nos últimos anos, apenas na Universidade de São Paulo (USP), mais de 95 casos de caráter machista foram relatados no campus. Entre estes, chama atenção a quantidade de estupros ocorridos, principalmente no curso de medicina, fazendo com que estudantes carreguem consigo o sentimento do medo em um lugar onde supostamente deveria trazer segurança.       Em detrimento disso, a falta de infraestrutura adequada nas principais universidades do país, como postes elétricos, câmeras de vigilância e carros policiais contribuem, de maneira significativa, na perpetuação de violências de gênero tanto físicas, quanto morais. Em salas de aula, piadas depreciativas sobre o papel da mulher no ambiente acadêmico mostram a relação abusiva de poder entre professores e alunas visto que, grande parte desses, utilizam-se de sua posição na instituição como tentativa de ameaça.       Além disso, a falta de debates sobre o tema em questão nas universidades revela o descaso da comunidade da educação em relação a manutenção da integridade da saúde física e mental dos estudantes, o que, consequentemente, afeta não apenas a jornada educacional do aluno no meio de aprendizado, mas também sua formação profissional e seus posteriores vínculos afetivos.       Diante dos fatos supracitados, faz-se necessário a atuação de instituições de Ensino Superior, através da criação de grupos de apoio psicológico para vítimas de violência de gênero em ambiente escolar, no fornecimento de suporte adequado a seus estudantes, favorecendo um maior bem-estar aos jovens universitários. Ademais, é imprescindível que os Governos Estaduais contribuam em conjunto,  por meio do fornecimento de agentes policiais ao campus, na melhoria de infraestrutura das universidades públicas do país, fazendo, assim, com que os alunos não se sintam inseguros em um ambiente potencializador de seus conhecimentos.